Cantor será alvo de inquérito após suposta ofensa ao governador

“Durante as eleições podia tudo. Muita aglomeração em carreatas e ninguém dizia nada. Agora nada pode?”, questiona (Foto: reprodução/ vídeo/ redes sociais)

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou nesta segunda-feira, 4, que o cantor sergipano, Gustavo Trindade, será alvo de um inquérito policial para apurar uma suposta ofensa ao governador do estado, Belivaldo Chagas (PSD).

“Em um vídeo postado nas redes sociais, o cantor identificado como Gustavo Trindade, reclama da ação da Polícia Militar, que agiu de forma legítima, e profere uma série de agressões contra o governador do estado, Belivaldo Chagas, enquanto aparentemente consome bebida alcoólica”, resumiu a SSP.

Ainda de acordo com o órgão, a Polícia Militar agiu dentro da ordem e da lei para conter uma ocorrência de perturbação do sossego alheio registrada em um bar onde o cantor estava se apresentando. “Segundo a PM, equipes foram atender a solicitação, e após constatarem que o barulho provocado por equipamentos de som estava acima do permitido, fizeram a apreensão das caixas de som e notificaram o proprietário do estabelecimento”, informa.

A Secretaria de Segurança Pública diz ainda que no dia seguinte o estabelecimento utilizou novos equipamentos sonoros. “Para desafiar as normas legais e continuar com o som abusivo, o que resultou em novas denúncias, e consequentemente, na apreensão da aparelhagem, inclusive de uma mesa de som. A Polícia Militar também informou que se trata do 11° acionamento envolvendo o mesmo estabelecimento no período de apenas dois meses, destes, cinco envolvem denúncias de perturbação do sossego alheio”, salienta a SSP.

O que diz o cantor 

Em comunicado ao Portal, o cantor Gustavo Trindade afirmou que está preparado para as consequências e sabia que “alguma coisa iria acontecer”. “Eu estou há um ano parado, sem trabalhar. É preciso que alguém diga alguma coisa. E é bom salientar que em nenhum momento eu desrespeitei a PM. Eles foram muito educados comigo e eu com eles”, informa o artista. Na visão dele, há uma incoerência em relação às medidas de isolamento social. “Durante as eleições podia tudo. Muita aglomeração em carreatas e ninguém dizia nada. Agora nada pode?”, questiona.

Ainda segundo Gustavo, é visível na cidade uma série de pontos de aglomeração. “Muita gente nas praias e nas igrejas. Qual é a diferença? Eu só quero trabalhar e garantir meu sustento”, salienta. Em relação ao inquérito, o cantor sergipano ressalta também que não terá medo. “Eu sei que estou certo. As pessoas não podem ficar caladas. O governador é um funcionário do povo”, destaca.

por João Paulo Schneider 

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