O Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP), visando a educação de pessoas cegas e de baixa visão, oferta matrículas abertas durante todo o ano letivo. O ensino é realizado de forma individual e por professores formados no Atendimento Educacional Especializado (AEE), as atividades são divididas entre estimulação precoce, para crianças até três anos de idade, trabalhando a parte cognitiva, de estímulo e de direcionamento.
Após esse período, é trabalhado o pré-braille, em que há a utilização da régua e, em seguida, há a fase do braille, com o uso do reglete. Concomitante às aulas, os alunos também estudam informática e soroban, instrumento de cálculo japonês, e aprendem a usar a tecnologia assistiva.
Além disso, o CAP conta com um grupo de leitura, com uma média de 20 alunos, que se reúnem uma vez por semana. Hoje, o CAP conta com seis professores, merendeira, profissionais da limpeza e da administração.
“É mais fácil trabalhar com as pessoas que já nascem cegas do que com alguém que perdeu a visão depois de um tempo, por uma doença ou acidente. Eles vão conhecer, por exemplo, como pegar na colher, melhorar o caminhar. Mas e quando você enxergava e já sabia fazer tudo isso? Comer, caminhar, se vestir, ler, escrever… Como aprender? Isso causa uma baixa autoestima muito grande e é muito difícil se readaptar. Nossas atividades e grupo também são necessários para restabelecer este contato”, afirma Joana, coordenadora do CAP.
Professor de Informática do local, Robson Guidice, entrou no CAP ainda como aluno em 2004 e após três anos começou a trabalhar no local como professor. Para ele, quando aluno, a instituição mudou a perspectiva sobre sua própria identidade em relação ao futuro e ao presente, e restaurou a confiança em novas possibilidades; já como professor, oportunizou todo o projeto que havia gestado em si no início.
“A sua identidade como pessoa, quando se passa pelo processo da perda de visão, muda. A minha experiência havia me levado para uma sensação de redução humana. Eu me sentia menor. E com o trabalho que é realizado aqui no Centro de Apoio, com o apoio do braille e de outras ferramentas, você resgata a sua identidade, como ocorreu comigo. Entendi que, apesar da minha limitação visual, poderia retomar a vida de forma diferente, em busca da minha completude, e tornar concreto meus planejamentos”, explana Robson.
“Nenhum aprendizado é de valor quando se rouba alegria”, de autor desconhecido, esta é a frase citada pela coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP), Joana Darc Meirelles, ao explicar o trabalho desenvolvido diariamente no local. Atualmente o local atende a 116 alunos provenientes da capital e dos demais municípios sergipanos.
*Com informações da Prefeitura de Aracaju
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