Capitão da PM vinha sofrendo ameaças, diz irmão

Wellington: 'Meu irmão não vai virar estatística' (Foto: Portal Infonet)

O corpo do capitão Manoel Oliveira, comandante e fundador da Companhia Especializada em Operações Policiais em Área de Caatinga, chegou ao Instituto Médico Legal por volta das 4h30. O militar foi vítima de execução na noite da última quarta-feira, 4. No local, Wellington Oliveira, irmão da vítima, revelou que ele já vinha sofrendo ameaças.

“Há uns 40 dias ele estava em um momento de lazer, em Mucambo, quando quilombolas avisaram que tinha uma coisa estranha rondando a tribo. E agora é pego em uma emboscada”, explicou o irmão. “Ele impediu a droga do PCC [Primeiro Comando da Capital] chegar ao estado”, ressaltou.

O irmão cobra da Secretaria de Segurança Pública (SSP) ações efetivas para a resolução do crime. “Meu irmão não vai virar estatística. A SSP perdeu o sossego comigo porque eu vou cobrar. Quero saber se foi PCC, se foi assaltante de banco. Tem que chegar ao mandante”,  disse.

Ainda de acordo com o irmão, a família também já vinha sendo ameaçada. “Ele nos protegia muito, mas uma vez deixou escapar que um cara ligou perguntando se ele tinha família ou amor à vida”, revelou.

Welligton também lembrou com carinho do irmão. “Ele era muito querido em Porto da Folha. Adquiriu um respeito muito grande. Filho de pessoas pobres, estudou, virou advogado”, lembrou.

Filho mais novo, Manoel Oliveira deixa três filhos. Advogado, ingressou na PM como soldado e fundou a Companhia da Caatinga em 2008. Experiente, chegou a treinar policiais da Bahia, de Pernambuco e de Alagoas. No dia da execução o capitão estava se preparando para uma ação policial. "Ele estava de serviço, se preparando para uma grande operação. No momento do crime, estava indo na casa da família para jantar e voltar para o pelotão. Próximo ao trevo da Vaca Serrada, antes de chegar, foi emparelhado por três veículos que disparou diversos tiros", disse a capitã Evangelina de Deus auxiliar da 5ª Seção da PM.

Segundo a SSP, o delegado Dernival Eloi, diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), foi designado como responsável pelas investigações e seguiu para o local do crime com agentes do Cope.

por Jéssica França

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