Caso cobradora: Réu pega 10 anos de prisão

Marcos Vieira durante o júri (Foto: Portal Infonet)

Terminou por volta das 22h20 desta quinta-feira, 28 no Tribunal de Júri do Fórum Gumersindo Bessa, o julgamento de Marcos Vieira Santos, acusado de tentativa de homicídio contra a ex-esposa Sandra Costa Ferreira, registrado no dia 6 de abril de 2010. O réu foi condenado a 10 anos e quatro meses de prisão, mas ainda cabe recurso e o advogado Saulo Eloy vai recorrer.

Segundo a defensora pública do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem), Emília Correa, que atuou como assistente de acusação em favor de Sandra Costa Vieira dos Santos, o réu vai continuar preso. “O resultado foi o que a acusação contemplava e nós que atuamos no Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública de Sergipe estamos muito satisfeitos”, comemora.

Durante o interrogatório, Sandra Costa contou que já tinha denunciado as ameaças do ex-marido à polícia. “A primeira vez ele foi chamado, concordou com o delegado, disse que ia sair de casa, que não queria problemas, mas voltou a me ameaçar e no dia do crime ele dizia que ia me matar. E eu pedia, pelo amor de Deus, não me mate”, afirma mostrando as cicatrizes das facadas na altura do peito, na barriga e no pescoço e que na última facada, alguém empurrou o agressor.

Sandra Costa ficou com sequelas (Foto: Divulgação)

“Estou com o lado esquerdo paralisado, só funciona o lado direito das minhas cordas vocais”, completa lembrando que foi levada para o Hospital de Urgência de Sergipe. No caminho, eles iam me dizendo: você se acalme, você não vai morrer, seja forte”, relata.

Sandra Costa Ferreira tinha 28 anos à época e trabalhava como cobradora de ônibus e Marcos Vieira Santos, de 33 anos, trabalhava como marceneiro. O crime ocorreu por volta das 19h na rua Alasca, bairro América, próximo ao ponto de ônibus da Av. Desembargador Maynard. Ela recebeu cinco facadas que lhe provocaram várias lesões. Após agredi-la, ele tentou tirar a própria vida introduzindo a faca no abdômen.

Os dois foram casados por mais de três anos e de acordo com a vítima, ele sempre cometeu violência física e moral contra ela.

Por Aldaci de Souza