A procuradora-chefe do Ministério Público Federal (MPF) em Sergipe, Eunice Dantas, esclareceu nesta quinta-feira, 2, durante reunião com representantes Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE) que a preocupação principal do órgão e da Polícia Federal é a coleta de provas relacionadas à morte de Genivaldo de Jesus Santos, que ocorreu no último dia 25, após abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Umbaúba. O MPF/SE e a PF/SE estão atuando em conjunto nas investigações.
Em conversa com jornalistas, a procuradora Eunice Dantas destacou que os depoimentos estão sendo tomados em Umbaúba e que pelo menos 14 testemunhas falaram sobre o caso. “A PF já realizou as perícias necessárias. Nós estamos tomando vários depoimentos desde terça-feira na cidade de Umbaúba. Até ontem, já tinham sido tomados mais de 14 depoimentos e hoje eles continuam ocorrendo. Então, no momento, a preocupação é fazer a coleta de provas de forma rápida e célere”.
A procuradora-chefe também descartou a perda das provas e a interferência dos policiais envolvidos na investigação. “Até agora, não chegou ao Ministério Público nenhum fato que mostre que essas pessoas estejam interferindo de alguma forma na investigação. Muito pelo contrário, eles já foram afastados das suas funções”.
De acordo com a procuradora, o MPF/SE ainda está avaliando o pedido de prisão cautelar solicitado pela OAB/SE. “A prisão preventiva é uma medida excepcional. Para você pedir uma prisão preventiva, você tem que ter os motivos para tanto. E esses motivos o Ministério Público ainda está avaliando se estão presentes. A nossa avaliação principal é focar na condição das provas”.
O presidente da OAB/SE, Danniel Costa, explicou que reiterou o pedido de prisão cautelar dos policiais e apresentou argumentos para a medida. Ele considerou a reunião proveitosa e chamou atenção para o reforço na equipe responsável pelas investigações. “O Ministério Público nos informou que, até o momento, 14 depoimentos já foram recolhidos e que as perícias já foram realizadas. No momento, todos os vídeos que mostram a ação foram recolhidos e estão sendo analisados. Como os envolvidos no crime são ouvidos por último, ainda não tem uma previsão para o recolhimento do depoimento deles”, contou.
Por Luana Maria e Verlane Estácio
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