Após o Ministério Público Federal em Sergipe (MPF-SE) vê indícios de falta de transparência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao impor um sigilo de 100 anos no histórico dos agentes policiais, a PRF voltou atrás e decidiu divulgar parte dos processos administrativos dos PRFs que participaram da abordagem que resultou na morte do aposentado Genivaldo de Jesus Santos, no dia 25 de maio, em Umbaúba.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 29, pelo portal de notícias Metrópoles. Segundo a publicação, a direção-geral da PRF divulgou extratos referentes a processos envolvendo Kleber Nascimento Freitas, um dos agentes da instituição envolvidos na abordagem que resultou na morte de Genivaldo.
A matéria diz ainda que contra Kleber Nascimento há três processos concluídos e um em andamento. Já contra os demais policiais, que também participaram da ação, há um processo em andamento para cada, sem conclusão ainda.
Investigação do MPF
O coordenador do Controle Externo da Atividade Policial em Sergipe, o procurador da República Flávio Matias, abriu procedimento para investigar suposta classificação como “informação pessoal” imposta aos processos administrativos disciplinares já concluídos e que dizem respeito aos policiais envolvidos na abordagem que resultou na morte de Genivaldo. A investigação analisa se a medida pode estar sendo usada como obstáculo para fornecimento de informações de interesse público, contrariando a Lei de Acesso à Informação e a Constituição. A decisão anterior da PRF colocava um sigilo de 100 nos histórico dos agentes.
por João Paulo Schneider
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