“Em nenhum momento houve tortura. O depoimento de Evandro ao delegado Antônio de Olim foi filmado e durante a gravação o vigilante aparece tranqüilo, sem nenhum sinal de tortura, falando claramente sobre o que tinha acontecido no dia do crime contra a advogada e da participação de Mizael”, a afirmação é do assessor de comunicação da Secretária da Segurança Pública de Sergipe, Lucas Rosário. Evandro diz que foi torturado em Sergipe (Foto: Arquivo Portal Infonet)
O assessor falou sobre o assunto após veiculação nacional de que o vigilante Evandro Bezerra, preso por policiais sergipanos no último dia 9 deste mês, ter afirmado que sofreu tortura para confessar que Mizael participou do crime.
” A SSP entende que essa é uma estratégia da defesa. Demos a estrutura do Complexo de Operações Policiais Especiais [Cope] para que o delegado Olim pudesse realizar o depoimento. O vigilante alega que sofreu tortura à noite, mas na verdade ele foi preso às 5h da manhã em Canindé; às 10h30 ele foi apresentado a imprensa e às 14h30 o delegado Olim chegou a Aracaju, deu uma pequena entrevista coletiva à imprensa e logo após se dirigiu ao Cope, onde o vigilante começou a prestar o depoimento”, explica o assessor.
Crime
Mércia desapareceu no dia 23 de maio de Guarulhos, localizado na grande São Paulo, quando foi vista por parentes após deixar a casa da avó. Mais de um mês após o desaparecimento da advogada a polícia paulista continua juntando provas para elucidar o crime.
Veja na íntegra a nota divulgada pela SSP
A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) vem a público para se manifestar a respeito de declarações feitas pelo vigilante Evandro Bezerra da Silva, 38 anos, preso em Canindé do São Francisco no último dia 9 de julho, acusado de envolvimento com a morte da advogada Mércia Nakashima. Ele alegou, através de uma carta distribuída à imprensa, que teria sido vítima de tortura em Aracaju.
A função da SSP de Sergipe, nesse caso específico, foi o de iniciar um processo investigativo e localizar Evandro, já que a prisão temporária dele foi decretada pela Justiça de São Paulo. Informações preliminares davam conta de que ele estaria escondido na casa de parentes em alguma cidade no alto sertão de Sergipe. Após quase duas semanas de investigação, ele foi localizado no povoado Capim Grosso, em Canindé do São Francisco, por volta das 5h da madrugada do dia 9 de julho.
Seguindo a sua atribuição na articulação com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, a polícia sergipana encaminhou de imediato Evandro para a sede do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), em Aracaju, onde chegou por volta das 9h30 da manhã. Pouco depois, às 10h30, ele foi apresentado à imprensa na sede da SSP/SE, onde teve total liberdade para responder os questionamentos aos jornalistas e radialistas.
Integrantes da SSP receberam por volta das 14h30 o delegado Antônio de Olim, do DHPP/SP, no aeroporto Santa Maria, em Aracaju, de onde estes foram para a sede da SSP, no Centro da capital. Nesta etapa, Antônio de Olim concedeu rápida entrevista coletiva, ao lado do superintendente da Polícia Civil sergipana, delegado João Batista Santos Júnior, e do delegado Antônio Francisco, da Regional de Nossa Senhora da Glória. Às 16h, Antônio de Olim chegou ao Cope, onde começou a se preparar para o interrogatório oficial, de restrito interesse e atribuição da autoridade policial de São Paulo.
Todo o interrogatório foi acompanhado por delegados, escrivães e agentes da Polícia Civil de Sergipe, por mais um agente do DHPP de São Paulo, e pelo delegado Olim. A sala do diretor do Subsistema de Inteligência em Segurança Pública (Sisp), delegado Cristiano Barreto, foi colocada à disposição do delegado paulista, bem como equipamentos para o registro do primeiro relato oficial de Evandro. No final da noite, o depoimento, que já faz parte dos trabalhos do inquérito, foi finalizado.
Além disso, dois exames de corpo de delito foram realizados no sábado, dia 10. Um pela manhã em Aracaju e outro à tarde em São Paulo. A SSP/SE lamenta que tal atitude de Evandro, evidentemente orientado por sua defesa, no sentido de prejudicar as boas investigações que vem sendo realizadas, venha macular a imagem da Instituição. Com raras exceções, as polícias estaduais são compostas por profissionais técnicos, que defendem a população e que atuam, muitas vezes, em uma articulação interestadual, para tirar de circulação pessoas acusadas ou condenadas por diversos crimes. A SSP/SE continua à disposição de qualquer co-irmã policial para atuar em defesa da sociedade.
* A matéria foi alterada ás 06h40 do dia 20/07/2010 para acréscimo na íntegra da nota
Por Kátia Susanna
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