Caso policiais: três testemunhas não vão à audiência

Processo está na 8ª vara criminal (Fotos: Portal Infonet)

Três das nove testemunhas intimadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) no processo que julga a troca de tiros entre policiais em setembro de 2017, que culminou com a morte do policial civil Wilson Oliveira Santos, 51, não compareceram a audiência na 8ª vara criminal no Fórum Gumersindo Bessa, na manhã desta quarta-feira, 2. A juíza Soraia Gonçalves já autorizou a nova intimação e consequente condução coercitiva para que essas testemunhas restantes, arroladas pelo MPE nos autos, sejam ouvidas. O proprietário do bar [espetinho] onde ocorreu o tiroteio, um colega da vítima e um perito que foi até o local do crime prestaram depoimento.

Na sala de audiência também estava presente o réu do processo, o cabo da Polícia Militar Alberto Silva Santos, que chegou a ficar detido no Presídio Militar, mas goza de liberdade desde o final do ano passado. Para a defesa do acusado, após a audiência de hoje, há confiança de que a tese de legítima defesa prevalecerá no final do processo. “Os depoimentos que tentaram ir por uma linha diferente foram pegos em contradição, então a defesa está convencida de que a tese da legítima defesa irá prosperar. Os vestígios e os laudos trazidos aos autos mostram que foi uma troca de tiros e as pessoas presentes confirmam isso. A defesa está confiante de que o acusado será absolvido”, explanou o advogado Aurélio Belém.

Aurélio Belém: contradição em depoimentos

Mas, para a acusação, o que está representado nos autos apontam outro entendimento para o caso.  “O que se tem nos autos demonstra que a vítima estava correndo quando foi baleada. O laudo pericial demonstra que o tiro fatal atingiu da nuca para frente, e ninguém que está atirando de frente para a outra acerta a nuca. Tudo isso mostra que a vítima estava fugindo e de costas para o autor dos disparos”, pontuou o advogado Alexandre Porto.

As testemunhas desta quarta-feira não souberam, de fato, explicar a origem da confusão, mas alegaram ter conhecimento de comentários de que a vítima tentou algum contato com a namorada do PM. Na próxima audiência serão ouvidas o restante das testemunhas de acusação para então dar início as oitivas das testemunhas de defesa. Após essa fase, o processo vai para as alegações finais.

Relembre o caso

Na noite de 30 de setembro de 2017, uma troca de tiros entre policiais em um espetinho em frente à Praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju, culminou com a morte do policial civil Wilson Oliveira Santos, 51. O cabo da PM Alberto Silva Santos, envolvido no tiroteio, foi levado ao Presídio Militar. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, que atendeu ao indiciamento do delegado Kassio Viana, responsável pela investigação do caso.

Alexandre Porto: testemunhas restantes são importantes para o processo 

Momento em que o acusado, com farda da PM, deixa o Fórum Gumersindo Bessa 

Por Ícaro Novaes

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