Venceu, mas ainda não assumiu. Esta é a situação dos integrantes da chapa ‘Integração para Mudar”, vencedora das eleições do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Sergipe (DCE/UFS) em dezembro do ano passado. Encabeçada pelo estudante Natan Alves o grupo vencedor acusa os atuais diretores de estarem evitando, ao máximo, passar-lhe o comando da entidade. Natan Alves: Eleito, mas não empossado
Segundo Natan, que é aluno do curso de Letras Português-Inglês, o estatuto do DCE/UFS estipula o prazo máximo de 30 dias não só para a posse como também para a prestação de contas. O prazo expirou no dia 1º de janeiro passado. “Até o momento nem sequer atenderam ao telefone”, relatou.
As alegações dos diretores do DCE para não dar posse a nova diretoria, segundo Natan, foram várias. Dentre elas, a de que os atuais diretores, devido ao final do período letivo, estavam estudando para provas finais. De acordo com o presidente eleito, mesmo com a sua ameaça de ir denunciar a atitude ao Ministério Público Federal (MPF), os diretores da entidade teriam dito que iriam analisar qual data seria empossada a nova diretoria. Natan quer que o MPF intervenha e marque uma reunião com os dirigentes do Diretório e faça com que eles se comprometam a marcar uma data para posse e prestem contas da gestão.
Natan acusou ainda os dirigentes do DCE de abandonaram a entidade, ao ponto de a sede estar cheirando mal. Para ele, o objetivo da atual gestão é atrasar ao máximo a posse, para que na volta às aulas os estudantes pensem que mal a nova diretoria tomou posse já teria abandonado o Diretório. Natan denuncia abandono do DCE/UFS
A chapa encabeçada por Natan venceu as eleições com 1.531 votos – 67% dos válidos -, a segunda colocada, a atual gestão obteve 816 votos, e a terceira conseguiu apenas 302 votos. Somente 2.813 estudantes votaram nestas eleições, o que corresponde a menos de 15% do quadro estudantil da UFS. “O processo demonstrou o quanto a entidade está sem credibilidade”, disse Natan.
Outro lado
O tesoureiro do DCE/UFS, Mike Gabriel, disse que o trâmite legal está sendo seguido, já que para empossar a nova diretoria deve ocorrer uma reunião do Conselho de Entidade de Bases (CEBs), que reúne entidades estudantis ligadas à Universidade. Mas como a data da posse, ou seja, 1º de janeiro, foi um período com provas e trabalhos, não foi possível fazer chegar ao conhecimento de todas as entidades a convocação do conselho. “Não pode fazer essa posse ilegalmente sem convocar o conselho”, justificou.
Segundo Mike, a convocação do CEBs deverá demorar um pouco mais já que as aulas na UFS estão em recesso e só retornam no próximo dia 16 de janeiro. “Pela tradição do DCE, a gestão tem um mês para transmitir o cargo. Esse mês foi conturbado pela festas de final de ano e o recesso escolar. Então não tivemos 30 dias letivos”, argumentou.
Sobre o abandono do DCE, Mike disse que muitos membros da diretoria viajaram e como não são funcionários da UFS não precisam estar, cotidianamente, na sede do Diretório. “Lógico que algumas semanas têm funcionamento efetivo. A gente não vai lá todos os dias, simplesmente varrer o DCE”, rebateu.
Para Mike, a chapa vencedora deseja apenas criar um fato político sobre uma coisa corriqueira, no intuito de desgastar a imagem dos atuais diretores. “Ter alguma coisa para poder aparecer”, concluiu.
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