Enquanto os Estados de Sergipe, Bahia e Alagoas protestam contra a Transposição do Rio São Francisco, há aqueles que defendem a implementação do projeto. De acordo com o chefe de gabinete do Ministério da Integração Nacional e coordenador geral do projeto, Pedro Brito, a Transposição é fundamental para a chegada de água ao semi-árido setentrional. Segundo Pedro, o projeto irá favorecer a cerca de 12 milhões de nordestinos que precisam de água. Ao mesmo tempo, a chegada do líquido a esta região do páis poderá evitar o êxodo de sertanejos para outras regiões. O chefe de gabinete informou ainda que o projeto já conta com um total de investimentos da ordem de R$ 635 milhões para este ano e deve ser finalizado em dois anos a partir da emissão da licença ambiental através do Ibama. DESINFORMAÇÃO – Para o coordenador do projeto, as atuações reações contra o projeto são, na verdade, fruto da desinformação: “Muita gente pensa que o projeto vai desviar o rio São Francisco do seu curso normal. Outras pessoas acham que o rio vai secar”, explica. Segundo ele, a atual vazão do rio é de 2.850 metros cúbicos por segundo. Deste número, será transposto menos de 1%. Outra crítica é quanto à realização do projeto sem a prévia revitalização do rio, o que não está acontecendo na visão de Pedro: “O processo de revitalização já está acontecendo, já que o governo Federal está investindo R$ 100 milhões nessa área e ainda serão investidos mais R$ 650 milhões em obras de saneamento. O chefe de gabinete esclareceu, ainda, que não há a possibilidade de o rio deixar de ser perene e que a água transposta será usada para fins de abastecimento de famílias que serão assentadas em 50 mil hectares de terra no sertão nordestino.
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