
Três cidadãos chilenos foram presos em Maringá (PR) suspeitos de integrar uma organização criminosa responsável por praticar furtos em série em diversos estados do Brasil, incluindo Sergipe. A prisão ocorreu em ação integrada entre as Polícias Civis de Sergipe, Paraná e Santa Catarina, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A investigação teve início em Aracaju, por meio da Delegacia de Turismo (Detur), após o furto de 13 frascos de perfumes importados, avaliados em R$ 9.928,00, em uma loja localizada em um shopping no bairro Coroa do Meio. A partir das imagens de câmeras de segurança da loja e do shopping, a polícia conseguiu identificar os suspeitos e o veículo utilizado, que havia sido alugado em Santa Catarina.
Com a colaboração da Polícia Civil catarinense, os investigadores identificaram os três suspeitos, que atuavam de forma organizada, utilizando uniformes e dispositivos de comunicação por ponto eletrônico. Um dos homens já possuía mandado de prisão preventiva por furto em São Paulo.
De acordo com a delegada Luciana Pereira, da Detur, o grupo seguiu em deslocamento por diversos estados. “Confirmamos, pelo GPS, que houve paradas em outros locais e que eles cometeram furtos em São Paulo e no Paraná, inclusive com produtos de uma loja paulista encontrados no momento da prisão”, relatou.
O monitoramento indicava que os investigados planejavam deixar o Brasil por uma das fronteiras, quando foram abordados pela PRF em Maringá. Segundo o superintendente da PRF em Sergipe, Vladimir Hilário, foram encontrados com os suspeitos camisas e perfumes reconhecidos como produtos de furto por estabelecimentos comerciais.
A estimativa é de que o grupo tenha causado prejuízo de cerca de R$ 100 mil em 20 dias, em uma rota de furtos interestaduais. Para a delegada Gisele Martins, da Detur, trata-se de um caso de criminalidade itinerante, com indivíduos estrangeiros utilizando documentação falsa para atuar em série no território brasileiro.
O delegado Renan Scandolara, da Polícia Civil de Santa Catarina, destacou a importância da integração entre forças de segurança no combate a esse tipo de crime. “Casos como esse não representam o turismo internacional, e sim uma ação coordenada de pessoas com documentos falsos, que vêm ao Brasil com o objetivo de praticar delitos”, afirmou.
por João Paulo Schneider
Com informações da SSP/SE