Chuva invade barracos no Santa Maria

Quando chove os barracos ficam inundados

É só iniciar o período de chuvas que a situação se repete nos barracos do bairro Santa Maria. As fortes chuvas que têm chegado à capital sergipana têm deixado os moradores dessas áreas de risco ainda mais preocupados, há anos a população sofre com o mesmo problema, falta de saneamento, pavimentação, e quando chove, os barracos que já não tem condições de abrigar as famílias inundam tornando a situação ainda mais caótica.

 
 

No local conhecido como invasão do Arrozal, a moradora Edna Maria Melo que vive a dois anos na localidade, disse que quando chove a situação se torna ainda mais preocupante, o córrego que fica ao lado dos barracos transborda e traz com a água muito lixo, ratos, baratas e fezes desses animais. “Hoje de manhã quando a gente acordou encontramos fezes e ratos para todo lado. Vivemos numa situação complicada, só quem passa é que sabe o sofrimento”, falou.

Edna relatou ainda que cerca de quinze dias atrás, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc) mandou alguns assistentes para fazer o cadastramento das famílias, mas segundo os

Edna Melo preocupada com a saúde dos moradores

moradores, a assistente social não tinha critérios, e cadastrou pessoas que moravam a pouco tempo na invasão. ”Os barracos que moram idosas, mulheres grávidas e crianças não foram priorizadas, eles escolhiam quem queriam, quem achava que devia ser cadastrado”, contou a moradora.

Daniela Vasconcelos, Lindinalva Santos e Daniele Chagas foram cadastradas pela Semasc, mas foram informadas pelas assistentes que enquanto o auxílio não saísse elas deveriam se acomodar em casa de familiares. “Eu tenho um filho, e estou morando por enquanto na casa da minha mãe, mas não tenho condições de ficar lá, porque na casa dela já moram seis pessoas”, revelou Vasconcelos.

Lindinalva contou ainda que a secretaria ficou de ligar para as famílias cadastradas na última quarta-feira, 20, para informá-las sobre o procedimento que elas deveriam seguir, mas até o momento nada foi passado para elas. “Eles mandaram a gente ficar na casa de nossos familiares e depois ligariam para dizer o como a gente teria que proceder”, afirmou.

Os moradores denunciaram ainda que na noite passada, a comunidade foi invadida por homens que destruíram os barracos e levaram colchões e móveis. “Eles entraram aqui no meio da noite, dizendo que queriam pegar nossos barracos e móveis para construir em outro local. Registramos um boletim de ocorrência, mas nada foi resolvido”, contou Tássio Camargo Santos Jesus.

A secretária-adjunta de Assistência Social e Cidadania, Edvaneide Souza Paes Lima, informa que todos os moradores originais da invasão do Arrozal foram cadastrados pela Prefeitura de Aracaju, através da equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social. Aqueles que não foram cadastrados é porque chegaram à invasão após a inundação ocorrida há cerca de 15 dias. Acrescenta que a Prefeitura de Aracaju está construindo o conjunto habitacional 17 de março, no bairro Santa Maria, destinado às famílias cadastradas.

Quanto à presença da assistente social Mônica na invasão do Arrozal, é preciso esclarecer que a sua missão no local foi a de atualizar a relação das famílias já cadastradas

 

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