Mas segundo a líder comunitária Wiliane Santos, o problema é que muitos que haviam saído estão retornando ao Quirino, pois o pagamento do segundo mês do aluguel ainda não foi feito por parte da prefeitura. “A prefeitura retirou 41 com a promessa de pagamento de aluguel para essas famílias, mas a alegação de alguns que inclusive voltaram para a invasão é de que a prefeitura pagou apenas o primeiro mês do aluguel”, reclama. Grávida de sete meses de gestação, a desempregada Josefa Rosélia Souza Bezerra, se desespera com seu outro filho pequeno doente, já que não consegue passar para ir ao posto de saúde. “Preciso ir ao posto de saúde e não tenho como sair, eu acordei com a água da chuva caindo em cima de mim”, lamenta. Com a situação parecida Ângela Rezende dos Santos também está doente e mesmo assim não quer sair do local, pois tem um filho recém nascido prematuro para cuidar. “É bem difícil, tenho a ajuda do meu companheiro, mas mesmo assim conviver nesse local encharcado é péssimo, mas o pior é que não temos para onde ir”, confessa. Poder Público A Defesa Civil Municipal alerta os moradores que estão em áreas de risco. Segundo Nicanor Moura que é coordenador do órgão até o momento nenhuma ocorrência foi registrada. Em contato com a assessoria de Comunicação da Secretaria de Assistência Social (Semasc) a reportagem do Portal Infonet foi informada que por conta do exercício financeiro houve um atraso no pagamento do segundo aluguel dessas famílias e que na próxima semana as mesmas já estarão recebendo o aluguel normalmente. Por Bruno Antunes
A chuva que cai na capital desde a madrugada desta quarta-feira, 16, preocupa moradores de áreas de risco. Na invasão do Quirino, no bairro Santa Maria, por exemplo, na entrada da comunidade, um riacho se formou impedindo a passagem da maioria das pessoas que vivem o local. Há pouco mais de um mês a Prefeitura de Aracaju contemplou 41 famílias das mais de 80 que viviam no local com o pagamento de aluguel no valor de R$ 300 para que elas possam morar em casas regulares. Invasão do Quirino está intransitável (Fotos: Bruno Antunes/Portal Infonet)
Quando chove a situação fica ruim, como relata a líder comunitária. “Com a reforma do campo de futebol aqui perto, o escoamento da água foi prejudicado aqui e piorou ainda mais para nós, pois a água se acumula bem aqui. Já morei aqui dentro e conheço a situação de cada morador, eu me preocupo quando está chovendo e venho aqui para dar assistência, chamar a imprensa. A situação está ruim, muitos barracos foram invadidos pela água nesta noite e a solução é ficar em cima da cama para não ficar em cima da água”, conta Wiliane. Ângela Rezende está com um filho recém nascido prematuro em seu barraco
Elizangela da Conceição tem seis filhos e junto com o marido vive da reciclagem de materiais. Eles haviam conseguido sair do local no mês passado porque conseguiram que a prefeitura pagasse seu aluguel, mas por conta do atraso no segundo pagamento foram despejados. “Esse valor é muito importante para nós, até porque o que arrecadamos com a reciclagem é o suficiente apenas para nos alimentar, sem esse dinheiro fica difícil”, diz. Moradores perderam eletrodomésticos com a invasão da água nos barracos
“Estamos monitorando alguns pontos, em estado de atenção. A população pode nos ajudar não colocando o lixo na rua em horário fora da coleta. As pessoas que estão fazendo construção que não deixem material na rua existem diversas áreas com risco de desabamento, nós avisamos os moradores de que se perceber alguma rachadura ou afundamento dentro de casa saia imediatamente e ligue para o Ciosp através do 190 ou para o corpo de bombeiros”, fala. Wiliane diz que toda vez que chove a situação é a mesma
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