Sergipe recebeu nesta terça-feira a visita do cicloaventureiro Marco Antônio Guerra, um peruano que já percorreu 26 Estados brasileiros e mais o Distrito Federal. A passagem pelo menor Estado do Brasil foi rápida, mas proveitosa o suficiente para conhecer um pouco dos costumes sergipanos e começar a construir uma relação de amizade. Por mais incrível que pareça, Marco Antônio foi recepcionado casualmente por um inglês que mora em Sergipe. Peter fotografava a ponte Aracaju-Barra e aproximou-se do aventureiro. Assim, eles iniciaram uma conversa e surgiu o convite para o almoço na residência do inglês. O Portal Infonet aproveitou a deixa para conversar com o peruano.
Portal Infonet – Há quanto tempo você está no Brasil e que locais já visitou?
Marco Antônio – Cheguei hoje a Sergipe, mas já estou no Brasil há quatro meses. Visitei os 26 Estados e mais o Distrito Federal, sempre pegando uma bandeirinha oficial de cada um deles. Também já estive em alguns países da América do Sul e nas três colônias: Guiana Francesa, Suriname e Guyana. O que me chamou a atenção no Brasil é que cheguei à conclusão que se eu fosse brasileiro eu nem trabalhava (risos). Aqui o governo dá tudo: é bolsa-escola, cesta básica. Muitas vezes o brasileiro não tem um emprego, mas sempre tem um ‘dinheirinho’.
Infonet – O que você tem a dizer sobre Sergipe?
MA – Não vou ter tempo suficiente para conhecer o Estado. Vou fazer uns reparos em minha bicicleta, consertar a roda traseira e partir. O que me chamou atenção aqui foi a ponte e a idéia que muitos sergipanos têm de que essa ponte nova construída aqui é a maior do Brasil, ou que é uma obra espetacular, mas não é verdade. O Brasil tem muitas pontes como essa. Uma delas está em Belém do Pará, outra em Cuiabá.
Infonet – Quais as principais dificuldades encontradas durante o percurso que você vem fazendo?
MA – O que mais me angustiou foram os roubos. Me roubaram uma câmera fotográfica, uma filmadora e agora eu só tenho uma câmera bem simples, que só funciona se levar umas ‘pancadinhas’.
Infonet – Qual o seu destino depois de Sergipe?
MA – Vou direto por Estância para seguir para a Bahia, mais precisamente para Feira de Santana, onde vou encontrar um grupo de amigos que fazem cicloturismo e cicloaventura. Para sair do Brasil eu vou passar pelo Rio Grande do Sul e seguir para o Uruguai, Argentina, Bolívia e parte do Chile.
Infonet – Qual é o seu objetivo com essas ‘viagens’?
MA – Eu estou conhecendo outros países e a cultura de cada região brasileira. O povo brasileiro tem muitos costumes. Às vezes parece que estamos em um outro país quando vamos de uma cidade para outra no Brasil. Os costumes são muito diversificados e o país de vocês é muito rico, bom de administrar. Se vocês tiverem um bom administrador, não tenho dúvida de que o Brasil será um dos países mais ricos do mundo.
Infonet – E como você faz para se alimentar, tomar banho e preencher essas necessidades básicas do cotidiano?
MA – Assim como encontrei o inglês Peter em Sergipe, acontece em outras cidades. Primeiro é a minha bicicleta que chama atenção. Depois as pessoas prestam atenção no ciclista, se aproximam, começam as conversas, as brincadeiras, e acaba surgindo um convite para uma refeição. Encontro muita gente boa por onde passo. Para manter minha bicicleta sempre procuro uma concessionária de motos, alguma coisa assim. Sempre tem alguém para me dar uma força.
Por Andreza Azevedo
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