“Ciclovias para Aracaju”, por Ricardo Leite

O atual superintendente da SMTT, Bosco Mendonça é um do mais profundos conhecedores do Brasil quando o assunto é transporte público e sua engenharia a serviço do bem comum. Foi quem implantou na gestão do prefeito Wellington Paixão(89-93) o embrião do sistema integrado, em que o passageiro pode com apenas uma passagem cruzar o dia todo a capital de ponta-a-ponta. Agora novamente no posto, eis que surge um novo desafio: implantar uma rede de ciclovias. É coroar de êxito mais uma vez sua passagem por um órgão público. O professor da UFS, ex-vereador e ex-deputado é também um político sensível à arte e à cultura. Amante da boa música, charutos e boa bebida, tem jeito para travar debates frutíferos com a roda de amigos. É, em suma, um visionário, que está no contexto atual com a faca e o queijo na mão para revolucionar o dia-a-dia de milhares de sergipanos da grande Aracaju que usam a bicicleta para ir ao trabalho. Na sua alçada, o governador João Alves já determinou a criação de uma ciclovia na nova orla e na ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros. Curiosamente, mesmo plana e com avenidas que cortam toda a cidade, Aracaju possui apenas uma ciclovia, na avenida Augusto Franco, marca do obreiro prefeito Heráclito Rollemberg, que criou a primeira Secretaria de Transporte, dirigida pelo ex-deputado Fernando Leite. O assunto é recorrente quando a imprensa registra mais um atropelamento de ciclista. Nos últimos anos o número de vítimas cresceu e nem por isso surgiram outras ciclovias ou cliclo-faixas. Há sempre um burocrata-agourento capaz de argumentar que são inviáveis, alegando que as avenidas da capital são estreitas. Em 1996, como candidato a prefeito, fiz um programa de TV e rádio sobre o assunto. Creio que já é hora de evitar mortes e lesões que acabam por onerar o sistema de saúde. Andar de bicicleta faz bem para o corpo, para a natureza e para o bolso. O Oriente a Europa já descobriram isso. Cidades como Ho Ching Ming, no Vietnã, e Amsterdã na Holanda são infestadas de bicicletas. Bosco sabe o que o povo precisa. Uma ação administrativa para implantar uma rede de ciclovias há de repercutir positivamente no meio do povão. Se hoje são alguns milhares de usuários, com a proteção das ciclovias, muitos milhares passarão a utilizar-se da bicicleta. Mas se for preciso para dar legitimidade a esta ação, cria-se uma campanha tipo “ciclovia-já” – uma boa medida ombro-a-ombro com a vontade política de Bosco e sua competente equipe de técnicos. * Ricardo Leite é jornalista e advogado

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