Cidade propicia alagamentos, explica Edvaldo Nogueira

Edvaldo Nogueira diz que melhorias na drenagem podem diminuir alagamentos (Foto: Portal Infonet)

O prefeito Edvaldo Nogueira disse no final da tarde desta terça-feira, 24, que os problemas com alagamentos na capital sergipana são praticamente impossíveis de serem resolvidos por causa da própria configuração da cidade, que está abaixo do nível do mar. No entanto, ele ressaltou que os estragos em Aracaju seriam os mesmos em qualquer cidade do país diante da quantidade de chuva das últimas 16 horas: 175 milímetros, de acordo com o Centro de Meteorologia do Estado.

Para Nogueira, embora a quantidade de chuva registrada hoje tenha sido maior que em abril de 2010, quando foi registrado o mesmo fenômeno, os impactos foram menores porque a Prefeitura trabalhou na prevenção dos problemas de drenagem dos canais da cidade. “Estamos realizando um trabalho preventivo desde o ano passado. Temos melhorado cada vez mais a drenagem. Hoje trabalhamos para minimizar os impactos, mas os alagamentos são um problema praticamente impossível de se resolver. Nenhuma cidade aguentaria essa quantidade de chuvas”, disse o prefeito.

Previsão é de mais chuva nesta noite e na manhã desta quarta-feira, 24 (Foto: Andréa Cerqueira/Portal Infonet)

Edvaldo Nogueira comentou que a quantidade de chuva registrada até o fim da tarde foi maior que a metade do que foi previsto para chover em todo o mês de maio. A cheia da maré, que registrou ondas de até 2,5 metros contribuiu para a demora no escoamento. A previsão meteorológica é que as chuvas continuem nesta noite e diminuam nesta quarta-feira, 25, pela manhã. “Estamos tomando todas as providências. Graças a Deus não houve nenhuma vítima fatal”, completou.

Outra medida realizada anteriormente pela prefeitura e que amenizou os estragos da chuva foi a retirada de 750 famílias das áreas de invasão no bairro Santa Maria. Nesta terça outras famílias da Invasão da Água Fina, no Santa Maria, e do bairro Coqueiral foram removidas de suas casas e levadas para abrigos temporários. Famílias de quatro casas no Manoel Preto foram retiradas porque houve um desmoronamento de terra do Morro do Urubu que atingiu os quintais.

Três equipes da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), 24 da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMMT), equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar participaram do esquema montado pela prefeitura para amenizar os estragos gerados pela chuva.

Cinco postos de saúde tiveram o funcionamento interrompido e onze escolas municipais estão com as aulas suspensas. Foram registrados pontos de alagamento na Zona de Expansão (Costa do Sol, Aruana e Atalaia Sul) e nos bairros 13 de Julho, Industrial, Centro, São José, Jardins, Coqueiral e Santa Maria, de acordo com o prefeito.

Por Diógenes de Souza