Colisão: delegado revela superlotação em microônibus

Condutor da caçamba continua desaparecido (Foto: Arquivo Portal Infonet)

As principais investigações indicam que havia superlotação no microônibus que colidiu com uma caçamba na sexta-feira passada, 6, em uma rodovia no município de Laranjeiras, que deixou um saldo de seis mortos e dezenas de pessoas feridas. Por outro lado, familiares se comprometeram a apresentar à polícia o jovem Carlos Henrique Siqueira Souza, 22, condutor da caçamba.

De acordo com informações do delegado Marcelo Pais, que presidente o inquérito, a família teria conversado com o delegado geral de polícia civil, Éverton Santos, momento em que assumiu o compromisso de encaminhá-lo à Delegacia de Polícia de Laranjeiras.

O delegado não tem dúvida que o condutor da caçamba, que não possuía habilitação compatível para o porte de veículo que dirigia, invadiu parte da pista inversa, vindo a colidir na lateral do microônibus, que seguia em sentido contrário, em direção a Aracaju. “Com certeza ele [o condutor da caçamba] será indiciado, mas é prematuro dizer se ele responderá por homicídio doloso [quando há a intenção de matar] ou culposo”, observou o delegado, em conversa com o Portal Infonet.

Superlotação

O delegado Marcelo Pais também não tem dúvida que o microônibus estava com número de passageiros superior à capacidade do veículo. “Tenho informações de que pelo menos sete pessoas estavam em pé por falta de lugar no microônibus”, disse o delegado. O microônibus era conduzido por Adriano da Silva Santos, 38, que faleceu no local do acidente.

Segundo o delegado Marcelo Pais, o microônibus tem capacidade para transportar 28 passageiros. Cerca de cinco passageiros sobreviventes já foram ouvidos no inquérito policial e pelo menos dois informaram que estavam em pé no veículo por falta de vaga. O delegado está aguardando os laudos periciais que estão sendo confeccionados pelo Instituto Médico Legal e pelo Instituto de Criminalística e também o Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (Boat), de responsabilidade da Companhia Estadual de Polícia Rodoviária (CPRv). A expectativa é que o delegado conclua o inquérito em 30 dias.

Por Cássia Santana