Com coletas de salivas, SSP irá traçar perfil genético de presos

Com coletas de salivas, SSP poderá traçar perfil genético de presos (Foto: Pixabay)

Através da coleta de saliva de detentos e formulação de banco de perfis genéticos, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP) terá mais um recurso que permitirá, de forma ágil, identificar, pelos vestígios deixados na cena, os responsáveis por eventuais crimes. As informações serão compartilhadas entre órgãos de segurança de todo o país, visando acelerar investigações e apresentar provas irrefutáveis contra os devidos acusados.

João Eloy explica que parceria será feita a custo zero (Foto: Portal Infonet)

Isso porque a SSP assinou um termo de cooperação técnica para adesão de Sergipe à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBGP). O termo estabelece procedimentos padrão para análise de DNA, captação de recursos para a infraestrutura e adoção de medidas de segurança que permitem a confiabilidade dos dados obtidos.

A coleta será feita nos presídios do Estado em presos condenados por crimes graves, como estupros, homicídios e latrocínios. A expectativa é de que o procedimento aconteça em pelo menos 800 detentos. No país inteiro, já foram mais de 18 mil amostras coletadas.

Cristiano Barreto diz que Sejuc irá colaborar em trabalho de peritos (Foto: Portal Infonet)

O secretário de Segurança Pública, João Eloy, comentou o novo recurso. “É uma parceria que vamos fazer a custo zero. É uma ferramenta importantíssima na investigação policial. A partir de junho ou julho teremos condições de fazer todos os exames e consultas com inauguração do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF)”.

Já Cristiano Barreto, secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), explicou que “Cabe à equipe de peritos definir o cronograma de atuação e as unidades prisionais. A Secretaria de Justiça irá fornecer os mecanismos necessários para o ingresso nas unidades, informações cartorárias dos presos que se enquadram no rol exigido pela lei. No momento em que um novo preso for condenado, ele será submetido à coleta”.

Maria Auxiliadora diz que análises permitirão mais celeridade em investigações (Foto: Portal Infonet)

A perita criminal Maria Auxiliadora Gomes Bispo Bittencourt, diretora do IAPF, contou que as amostras possibilitarão uma celeridade maior em investigações. “Achar o perfil de cada preso e, posteriormente, qualquer investigação a pedido da Justiça que precisar fazer confrontos de perfil, através de vestígios de locais de crime ou de estupros, teremos como saber se a pessoa já cometeu outros crimes ou se já é reincidente”.

A lei que subsidia a novidade é a 12.654, que permite a coleta de material genético para identificação criminal, conforme a Lei de Execuções Penais. As amostras serão levadas para laboratório e, posteriormente, encaminhadas a Brasília para tirar o perfil genético dos presos de crimes graves, conforme descrito em lei.

Por Victor Siqueira

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