Comitê reprova área para criação de aterro

Comitê preocupado com baxia do Rio Poxim (foto) / Foto: Walter Martins
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe editou uma resolução reprovando o local escolhido para a criação do aterro sanitário de Nossa Senhora do Socorro. O local, de acordo com o presidente do comitê, Antônio Góis, fica muito próximo de locais habitados no bairro Palestina e poderia causar problemas ao manancial do rio Poxim.

 

“O rio Poxim é responsável por cerca de 30% do abastecimento de água de Aracaju”, explica. Góis acrescenta que a decisão do comitê visa a proteger o manancial do rio. Para fundamentar a decisão, o presidente aponta resoluções dos Conselhos Nacional e Estadual do Meio Ambiente, que proíbem aterro próximo a águas próprias para consumo humano e a locais habitados.

 

Antônio Gois, presidente do comitê / Foto: Arquivo Infonet
“Aquela é uma região de verdadeiros aglomerados, próximo ao Jardim, Pai André, Quissamã e Palestina”, cita. O comitê apresentou ainda a dissertação de mestrado do professor Luciano Melo, ‘Seleção e hierarquização de áreas de implantação de aterro sanitário utilizando ferramenta Sig e Lógica Fuzzy’, que aponta 29 áreas no Estado aptas a receber o aterro.

 

Para ele, a questão é que a prefeitura de Socorro pretende implantar o aterro o mais próximo possível de Aracaju, município que deverá enviar maior quantidade de resíduos sólidos. “É necessária uma política de resíduos sólidos, mas a área indicada traz problemas para a comunidade e ameaça os recursos hídricos”, acredita.

 

Genival Nunes, presidente da Adema / Foto: Arquivo Infonet
Adema

 

Góis afirma que o comitê espera que isso seja o suficiente para a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) descartar a possibilidade de implantação do aterro no local. O presidente da Adema, Genival Nunes, esclarece que o órgão não é o responsável por escolher o local de implantação, mas por analisar a viabilidade.

 

A Adema já analisou o projeto e devolveu à prefeitura de Socorro para que realize alguns ajustes. Posteriormente, o texto será novamente analisado pelo órgão. “Devemos terminar todo o trâmite em mais ou menos um mês”, diz Nunes.

 

Por Gabriela Amorim

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