Neste começo de Governo, uma das metas a ser atingida é a Segurança Pública. Os últimos acontecimentos dão conta de que atitudes emergenciais precisam ser tomadas com relação aos presídios de Aracaju, São Cristóvão e até mesmo o de Tobias Barreto, onde recentemente aconteceram duas mortes de presos. O coronel Cruz, recém nomeado diretor do Complexo Penitenciário Carvalho Neto, diante da informação de que haveria acontecido uma nova fuga do presídio – e já esta seria a terceira desde que foi inaugurado – desmente o fato, mas salienta a importância de uma segurança mais eficaz. “Não é verdade que houve nova fuga. Houve um chamado, onde fomos informados de que estaria sendo percebido alguns detentos no telhado. Eu fiz contato com a polícia solicitando apoio. Mas, ao chegar lá, a situação estava normalizada, só restando fazer a contagem dos presos. Essa contagem demorou um pouco devido ao domingo ser dia de visita”, diz o coronel Cruz, que assume uma certa frustração em relação à nova penitenciária, que deveria ser de segurança máxima. “Com certeza há uma frustração. Nós temos a obrigação de avaliar o trabalho que é feito pela empresa terceirizada. Essa é a minha missão principal. Há uma grave falha na estrutura da construção. O teto é baixo. De nada adianta os três muros porque a facilidade de subir pelos telhados é muito grande”, diz ele. Sem dúvidas, a Secretaria de Segurança Pública está querendo acertar e oferecer ao cidadão a segurança de viver em um Estado livre – mesmo em parte – da violência, mas para que tudo dê certo, é preciso estrutura. O instrumento que se tem hoje para trabalhar, ainda deixa muito a desejar e precisa, urgentemente, de reformas. “É um sistema que necessita de uma estrutura para dar suporte a quem o dirige. Eu imagino a dificuldade dos antigos diretores. Por determinação do secretário de Justiça, estamos criando uma nova estrutura”, diz o coronel Cruz. SETOR MÉDICO – Criado para oferecer assistência médica, psicológica e hospitalar aos presos, o Complexo Penitenciário Carvalho Neto, localizado em São Cristóvão, já dá sinais de mudanças de planos. A penitenciária não tem enfermaria, nem serviço médico. Hoje a enfermaria serve como uma ala de separação dos presos que não podem ter contato com outros presos, devido aos atos praticados. “É preciso que a gente cumpra o mínimo necessário disso aqui para que ele possa aproveitar o tempo ocioso para ser reintegrado à sociedade”, diz o coronel Cruz.