Comunidade reclama de falta de água

Aulas só são viáveis quando vigias enchem os vasos com água à noite
Todo final de mês a população do povoado Pai André, em Nossa Senhora do Socorro, desembolsa parte de seus orçamentos para pagar a conta da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Mas água encanada é algo que há quase dois meses a comunidade que ultrapassa mil pessoas não têm, segundo moradores da região.

Na única escola da localidade, Escola Municipal Apulcro Mota, as aulas chegaram a ser suspensas por três dias, devido a falta de água. “Pudemos retornar ao funcionamento depois que descobrimos que nas ruas de baixo a água aparece pela madrugada. Aí os vigias enchem os vasos de água para podermos trabalhar”, revelou uma funcionária da instituição.

Funcionária da escola mostra os baldes de água
No banheiro, baldes de água substituem a descarga e a água dos filtros sequer passa por processo de fervura antes do consumo. A direção assumiu que não procurou a Deso, mas passou o problema à Secretaria Municipal de Educação.

Nível de água baixo

Os moradores do local afirmam que já ligaram para a Deso, mas os funcionários da companhia explicam que o problema vem acontecendo devido ao nível baixo do reservatório local. “Isso que não dá pra entender. Com tanta chuva que anda tendo e esse nível baixo”, reclama o dono de mercearia José dos Santos.

José Santos com um balde de água ao lado: água falta há quase dois meses, segundo ele

A assessoria de imprensa da Deso negou que esta situação esteja acontecendo há tanto tempo como afirma a comunidade. A companhia explica que a falta de água ocorreu ontem devido a quebra de uma  tubulação que cruza o riacho atrás do povoado Pai André. A equipe de manutenção do órgão já está no local, mas há dificuldades no conserto.

Por Glauco Vinícius e Carla Sousa

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais