Os moradores da comunidade Resina, em Brejo Grande, estarão reunidos na próxima semana com os representantes da construtora Norcon tentando uma solução para o impasse na região. A Norcon comprou há três meses o território onde a comunidade está inserida para a construção de um resort. No entanto, a comunidade não quer sair e questiona a propriedade das terras, já que as famílias vivem na região há mais de três gerações. Moradores da Resina se reunirão com representantes da Norcon para fechar acordo / foto: Ben-Hur Correia
Na reunião da semana que vem será firmado um termo de convivência delimitando ações das duas partes, enquanto a posse da terra não é julgada. O Ministério Público Federal (MPF) está investigando a posse dos terrenos na região, analisando os aspectos sociais e ambientais. Nessa quarta-feira, 11, Ibama, Adema, Incra e Gerência de Patrimônio da União (GRPU) foram à região para identificar áreas de preservação permanente e reserva ambiental.
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Na visita também foi feita a primeira reunião entre os representantes da empresa Norcon e os moradores locais. Com a mediação da Cáritas, instituição da Igreja Católica, os presentes puderam expor seus pontos de vista sobre a situação. “A comunidade nasceu e trabalha aqui, no que é deles”, disse Dom Mário, Bispo da região de Propriá, presente na reunião. Local, à beira do Rio São Francisco, é cogitado para se tornar um resort / foto: Ben-Hur Correia
Conheça os argumentos da comunidade Resina e da Norcon.
A comunidade é composta por 38 famílias de posseiros que estão na região há quase três gerações. Os conflitos começaram há dois meses quando funcionários da Norcon foram demarcar a área após o MPF pedir o levantamento do território. Os moradores dizem que os funcionários estavam armados a fizeram ameaças. A Norcon nega, e diz que não deu autorização a nenhum de seus funcionários de portar armas ou ameaçar os moradores.
Por Ben-Hur Correia