Copemcan: Comissão da OAB identifica superlotação

Comissão ouve denúncias de famílias (Fotos: Portal Infonet)

Falta de água, alimentação, as revistas em dias de visita, além da principal queixa, a superlotação, foram algumas das reclamações feitas pelos internos no Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan) à comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Sergipe (OAB/SE). As queixas foram feitas no decorrer da visita realizada na manhã desta quinta-feira, 23.

Durante a visita, a Comissão identificou que o presídio está com 1.200 presos acima de sua capacidade. Segundo a Presidente da Comissão Rosenice Figueiredo Machado, o local só teria capacidade para 800 internos. “O maior problema identificado aqui foi a superlotação. Os presos estão amontoados nas celas. Além disso, recebemos queixas de falta de alimentação e sua qualidade. Eles relataram que a última refeição que fazem são às 15:30”, disse a presidente.

Saúde

Rosenice Figueiredo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB

Ainda segundo Rosenice, a enfermaria do presídio está sem condições de atender os presos por falta de estrutura. Ela conta que o consultório odontológico não tem dentista porque também não oferece condições de salubridade. “Além dessas questões, identificamos que os presos que possuem tuberculose, HIV e outras doenças contagiosas estão misturados com outros que ainda estão saudáveis”, conta.

Ainda na portaria, os visitantes, que aguardavam do lado de fora para a visita aos presos, foram abordados pela comissão, composta por 5 advogados. Na oportunidade pais, mães e esposas aproveitaram pra expor os problemas enfrentados durante as vistorias e quanto as condições estruturais do local.

Indignado, o aposentando Luiz Carlos Farias, estava no presídio para visitar seu filho preso por assalto. Embora concorde que seu filho deva pagar pelos erros, ele atenta para a falta de atividades dentro do presídio. Para ele, estar no presídio ensina ao seu filho a se arrepender do que fez, contudo, isso só seria possível se houvesse atividades educacionais e ou profissionais diariamente. “Eu quero que meu filho pague pelo que fez. Ele tem que pagar, todos erram, mas ele precisa sair de lá uma pessoa melhor. Se o governo se atentasse para isso, a criminalidade diminuiria e muito”, reclamou.

Maria Eugênica também reclamou da falta de estrutura do Copemcan. Segundo ela, a cela, a qual o seu marido está, estão outros 18 presos. “Ele me relata coisas horrendas, coisa que não consigo nem falar. Fora isso, os banheiros que utilizamos estão em péssimas condições”, contou.

Presídio apresenta problemas estruturais

Sejuc

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Por Eliene Andrade

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