Presídio que foi construído para abrigar 800 presos abriga quase 2.500 homens |
O sistema de abastecimento de água no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, está sendo feito por meio de revezamento. Segundo informações do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindpen), para a situação ser normalizada é preciso que seja construída mais uma caixa d’água com capacidade maior de armazenamento.
“A água que abastece o presídio vem de uma fonte de água mineral do próprio município, mas devido à superlotação, não está sendo suficiente para atender aos presos e funcionários da unidade prisional”, informa o guarda prisional Claudio Ferreira. O Copemcan completou 13 anos na última quarta-feira, 02. O presídio, que conta com cinco pavilhões, foi feito para abrigar 800 presos, mas, atualmente tem quase 2.500 homens internos.
De acordo com Claudio Ferreira, o problema da falta de água na unidade já foi pior. “Hoje não há falta de água no Copemcan. Em nenhum momento os presos ficam desabastecidos. O que acontece é o revezamento do fornecimento por pavilhão. E, no momento que um pavilhão está sendo abastecido, os presos armazenam água. Então, não dá tempo de faltar”, explica.
O guarda prisional informa ainda que enquanto os presos estão soltos no horário de banho de sol, a água é fornecida normalmente nos cinco pavilhões. “Eles aproveitam esse momento para lavar roupa e tomar banho”, diz Claudio Ferreira. A mesma água que sai das torneiras do presídio é a que é consumida pelos presos e funcionários da unidade. “Mas, é uma água mineral que vem direto da fonte”, ameniza.
Iluminação
A iluminação precária é outro problema enfrentado pelos agentes de segurança do Copemcan. “É preciso que as autoridades revejam essa situação. É muito complicado fazer as revistas noturnas se o corredor dos pavilhões está às escuras. Também é muito difícil fazer a vigilância de presos, se não há iluminação”, informa.
Direção da Unidade
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com o diretor do Copemcan, Alexandre Almeida, e ele explicou que todo sistema de fornecimento de água na unidade está normal. "Existe a superlotação, são 2.500 presos com mais 200 funcionários, então é um consumo muito grande. Mas, não falta água nas celas, os presos armazenam e tomam banho de cuia, como sempre foi. Não é o certo, mas sempre foi assim. Quando falta água recorremos a carros pipa (de 10 a 15 por dia), mas tem quase um ano que isso não acontece", afirma, ao ressaltar que o abastecimento próprio do Copemcan feito através da fonte de água mineral também é distribuído para moradores do entorno da unidade prisional.
Por Moema Lopes
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