Corpo de Bombeiros orienta como agir diante de situações de engasgo

Procedimentos variam de acordo com faixa etária, mas manter a calma e acionar o telefone 193 pode fazer a diferença no salvamento. (Foto: SSP/SE)

O engasgo é uma situação muito comum, especialmente em bebês e crianças que possuem o hábito de colocar objetos na boca. Por isso, é preciso que os pais e responsáveis se mantenham atentos, principalmente quando os pequenos estiverem brincando e comendo. Entre 2020 e 2021, o Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) atendeu 31 chamadas de emergência relacionadas a engasgos, das quais seis ocorrências foram neste ano.

O atendimento correto pode evitar tragédias, pois o engasgo pode levar à morte se não houver socorro imediato. O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe tem diversos protocolos de socorro para cada situação, por exemplo, existe uma diferença no procedimento adotado para desengasgar bebês de até um ano de idade e para adultos e crianças acima de um ano.

A sargento do Corpo de Bombeiros Marcia Machado orienta que é primordial manter a calma. O pedido de socorro também pode ser feito pelo telefone 193. “As ocorrências de engasgo são muito corriqueiras e fazem parte dos procedimentos do Corpo de Bombeiros. O primeiro de tudo é manter a calma, pois o controle emocional fará diferença, entre socorrer e pedir socorro. O primeiro passo é sempre pedir socorro”, mencionou.

A militar orienta que, mantendo a calma, o primeiro passo é observar a criança, para identificar o tipo de engasgo, o que ajudará no salvamento. “Olhar a criança de frente e observar se tem um engasgo parcial ou total. Como assim? Se ela chora, emite som. Então o que tenho que pensar é que é um engasgo parcial, pois parte do ar ainda passa. Quando é um engasgo total a criança, está sem falar, está roxa e não consegue emitir nenhum tipo de sinal”, detalhou.

A sargento também ressaltou que sacudir a criança para frente e para trás pode causar ainda mais danos. “O efeito chicote, do balançar da cabeça da criança, pode lesar a coluna cervical. Isso vai também gerar problemas para a criança. E outra questão é a tentativa às cegas de colocar o dedo na boca para retirar o objeto, pois  poderá empurrá-lo ainda mais, saindo de um engasgo parcial para um total”, relembrou.

Ela orientou que há diferenças da forma empregada na manobra de acordo com a faixa etária. “No bebê, é possível pegar com o braço usar os braços como apoio. Em crianças, mesmo que na fase de bebê sejam mais pesados, é possível usar o colo como apoio. E naquelas crianças que são maiores e que tem uma robustez corporal já é possível fazer uma manobra como a do adulto e não é preciso estar no colo e se usa uma força proporcional para aquele perfil”, detalhou.

A sargento informou que, quando não se obtiver sucesso na manobra de Helmich – assim chamada a manobra para engasgo -, deve-se mudar a estratégia e iniciar a Reanimação Cardio Pulmonar (RCP). “Nesse caso, em que pressupõe-se uma Parada Cardio Pulmonar, é feita agora a manobra do RCP, colocando a criança em uma superfície rígida como no chão por exemplo ou numa mesa, e comprime o meio do peito da criança com dois dedos, num ritmo de 100 a 120 por minuto, são duas compressões por segundo. Se a criança continuar sem reação a manobra deverá ser feita até o bombeiro chegar”, informou.

Fonte: SSP/SE

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