
O jornalista sergipano Ivan Macedo Valença foi sepultado na manhã desta terça-feira, 22, no Cemitério da Cruz Vermelha, em Aracaju. Familiares, amigos e colegas de profissão se despediram de um dos grandes nomes do jornalismo no estado, que faleceu na segunda-feira, 21, aos 81 anos.
Mais cedo, durante o velório, a irmã do jornalista, a professora aposentada Ana Maria Macedo Valença, falou com emoção sobre o irmão. “Ele foi um excelente irmão, muito querido. Transmitiu para toda a família o amor pelo cinema. Foi graças a ele que comecei a ver filmes, que meu filho e meu sobrinho também se encantaram pela arte”, disse emocionada.
Elias Valtenisson, esposo de uma tia de Ivan Valença e também considerado amigo, lembrou a personalidade generosa e progressista de Ivan. “Era uma pessoa pacata, mas sempre inquieta com o desenvolvimento, com as mudanças da sociedade. Estava sempre atualizado e disposto a aprender. Foi um crítico de cinema muito respeitado e um grande leitor. A leitura era parte essencial da vida dele”, relembra.
Homenagem em vida
Em 2008, o Portal Infonet prestou uma homenagem em vida ao jornalista Ivan Valença pelos seus 50 anos de trajetória na comunicação. A série especial, publicada ao longo daquele ano, foi um tributo ao legado de um profissional que marcou gerações com sua dedicação ao jornalismo sergipano, sua paixão pelo cinema e sua sensibilidade com as transformações da sociedade. Confira:
Trajetória
Com mais de 60 anos dedicados à comunicação, Ivan Valença iniciou sua carreira como repórter em 1957. Passou por veículos como Gazeta Socialista e Gazeta de Sergipe, e desde 1962 escrevia sobre cinema, uma de suas grandes paixões.
Em 1972, fundou o Jornal da Cidade ao lado de Nazário Pimentel e Joaquim Ribeiro, onde seguia atuando com a coluna dominical “Colunão” e uma página sobre cinema. Foi também redator da Pimentel Promoções e colaborador frequente de veículos como a revista da Fecomércio, os jornais Povão e Folha Metropolitana, além do portal Infonet, do qual foi um dos fundadores, assinou colunas sobre cinema e política e participou dos vídeo chats em períodos eleitorais.
Na vida pública, foi secretário-adjunto de Cultura de Sergipe, presidente da Fundação Cultural de Aracaju e secretário de Estado da Cultura. À frente da Imprensa Oficial, liderou a criação da Segrase.
Foi pioneiro ao fundar o primeiro vídeo clube de Aracaju e, nos anos 1980, criou uma gráfica voltada à produção de jornais para o interior. Representou Sergipe em festivais internacionais de cinema, como Cannes e Milão.
por João Paulo Schneider
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