A defesa da técnica de enfermagem, suspeita de ocultar o corpo do companheiro na geladeira, em um apartamento de Aracaju, informou nesta terça-feira, 26, que a cliente não recebeu nenhuma tipo de benefício ou aposentadoria da vítima.
“Ela disse a mim que não recebeu nenhuma quantia oriunda de aposentadoria. Até porque ele não era aposentado., destacou logo de início a advogada Katiúscia Barbosa. De acordo com ela, Lídia passava por dificuldades em razão de estar desempregada desde 2021. “Apesar dessa situação, ela me disse que não se beneficiou de nenhuma fonte de renda vinda da vítima”, reforça.
A advogada informou também que aguarda os laudos periciais do Instituto Médico Legal (IML) e o atestado de sanidade do Hospital de Custódia de Aracaju, onde a suspeita permanece à disposição da Justiça. “É somente a partir desses laudos que nós vamos planejar a tese da defesa. Por enquanto, ela segue custodiada na unidade hospital. os médicos deram previsão de aproximadamente 30 dias para ela receber alta”, reforça.
Relembre
Um corpo em estado de decomposição foi encontrado na tarde desta quarta-feira, 20, dentro de uma mala que estava em uma geladeira de um apartamento na rua Leonel Curvelo, no bairro Suíssa, em Aracaju. O corpo foi encontrado por oficiais de justiça durante cumprimento de uma ordem de despejo.
Pela manhã, antes de o corpo ser encontrado, a mulher moradora do apartamento foi localizada – pelos oficiais de justiça e por policiais militares – desacordada com indícios de tentativa de suicídio. Ela foi socorrida pelo Samu e pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Nestor Piva. Uma menina de quatro anos estava no local e foi levada pelo Conselho Tutelar.
A mulher foi levada ao DHPP, onde confessou o crime de ocultação de cadáver e disse que o homem estava armazenado na geladeira desde 2016. Ela negou que matou a vítima, mas confessou que teria saído para trabalhar e, no retorno, encontrado o homem morto. A mulher disse ainda que, por medo, guardou o corpo na geladeira. A criança, que estava no apartamento, foi levado para os familiares do suposto pai. A informação foi confirmada pela vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ulla Ribeiro.
por João Paulo Schneider
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