Corporação dos Bombeiros tem defasagem de 53%

Corporação tem 570 bombeiros (Foto: Arquivo Portal Infonet)

No incêndio de grandes proporções ocorrido em um supermercado [da rede Makro] na última quarta-feira, 12, o Corpo de Bombeiros de Sergipe passou toda a noite controlando as chamas que destruíram a estrutura do local. Ao todo, cerca de 80 militares da corporação estiveram em combate ao sinistro – alguns deles estavam de folga e foram chamados às pressas para compor as equipes. Os bombeiros também precisaram de auxílio do sistema de água do supermercado em frente ao incendiado, em decorrência do esgotamento dos caminhões e do próprio reservatório do Makro.

A ocorrência de um grande incêndio no estado desencadeou um questionamento feito ao comando do Corpo de Bombeiros com relação ao efetivo militar. Segundo o coronel Eduardo Pereira, também comandante do Corpo de Bombeiros de Sergipe, há uma defasagem de 53% na corporação. “A deficiência de efetivo é pública e notória. Algo que nós já divulgamos amplamente. Hoje nós temos 570 militares quando o previsto por lei é 1.194”, afirma. O comandante destacou, no entanto, que já há uma sinalização positiva do Governo para que haja um concurso ainda em 2017 tanto para praças como para oficiais.

No combate ao incêndio do supermercado Makro, cinco dos sete quarteis existentes em todo estado precisaram ser acionados: os dois de Aracaju (da rua Siriri e o da Orla da Atalaia); de Estância; Nossa Senhora do Socorro e de Itabaiana. Apenas os de Propriá e Lagarto não precisaram vir a Aracaju. Ao todo, 10 veículos foram utilizados.

No incêndio dessa terça-feira, 10, os militares lograram êxito. Sem registro de feridos, logo pela manhã os bombeiros já estavam em atividade de rescaldo, mas a situação poderia ter sido diferente se outro incêndio de proporção semelhante viesse a acontecer simultaneamente em algum lugar de Sergipe.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE) confirmou que há uma perspectiva para um concurso público tanto para policiais militares como para bombeiros, confirmando o que o coronel Eduardo Pereira disse. De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, a realização do concurso dependerá da “saúde financeira e fiscal do Estado”. O setor informou que não há previsão de data.

Por Ícaro Novaes