Para tentar minimizar o impacto da greve dos funcionários dos Correios deflagrada nesta terça-feira, 30, a empresa contratou 65 pessoas para trabalharem na entrega de correspondências mais urgentes, como as faturas e Sedex. Esses funcionários temporários já estão nas ruas da grande Aracaju para efetuarem as entregas. No entanto, o sindicato da categoria critica essa atitude.
“As contratações mesmo que temporárias são proibidas por lei”, afirma o secretário geral, Sérgio Lima. Além disso, ele alerta para o fato de que essas pessoas sem compromisso que podem dar um destino indevido a essas correspondências. “Como eles vão trabalhar fazendo entregas nas ruas, sem supervisão direta de alguém, qual a garantia de que as entregas serão feitas?”, questiona Lima.
De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios, as pessoas contratadas passaram por um treinamento de um dia e supervisores e técnicos da empresa estarão dando suporte para os novos carteiros. “Essa é uma medida para minimizar os problemas que a greve acarretará”, afirma o assessor Agnaldo Batista. Ele admite que apesar das contratações, os atrasos nas entregas ocorrerão.
Transtornos
Por conta da greve dos carteiros, a segunda em menos de seis meses, a população já se prepara para o período de atrasos e transtornos por conta de pagamentos de juros de faturas e demora na entrega de correspondências urgentes. Durante a primeira paralisação, Genilda Oliveira, conta que precisou pagar passagem de ida e volta para Salvador só para entregar uma correspondência urgente. “É sempre muito chato para todo mundo”, ressalta. Augusto Júnior, postou uma carta hoje e não tem garantia de quando será entregue
Para Augusto Júnior, que esteve na manhã de hoje na agência central dos Correios para postar uma correspondência, a paralisação é justa. “Se eles acham que não está bom têm que reivindicar mesmo, mas de uma maneira que não prejudique a população”, afirmou. Ao postar sua carta, Augusto foi avisado pela funcionária dos Correios de que não há previsão de quando seu documento será entregue ao destinatário.
A greve já atinge 23 Estados e até o final da semana os outros quatro decidirão se aderem à paralisação.