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Assembleia ocorreu na sede do sindicato nesta segunda (Fotos: Portal Infonet) |
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Sergipe decidiu dar continuidade ao movimento grevista, que já dura 19 dias no estado. Segundo o presidente do sindicato, Sérgio Lima, a greve irá continuar pois não houve acordo na audiência realizada nesta manhã de segunda-feira, 24, no Tribunal Superior do Trabalho, entre a categoria e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
“O argumento utilizado pela empresa é que a implantação de um novo plano de saúde terceirizado está dentro da legalidade, mas não é isso que os trabalhadores avaliam”, afirma. Para ele, a adesão do novo plano irá afetar os direitos dos trabalhadores.
“Temos o plano público há 28 anos e agora a direção da ECT quer privatizar nosso plano de saúde. Com isso, benefícios podem ser cortados e seremos limitados de usufruir do plano”, destaca.
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Presidente do sindicato, Sérgio Lima |
De acordo com ele, a greve tem prazo indeterminado para acabar. “Estamos mantendo a obrigatoriedade dos 40% do efetivo para cada unidade em toda a esfera nacional. Provavelmente teremos outras audiências, mas agora só depois do carnaval”, ressalta.
A assessoria de comunicação dos Correios em Sergipe manifestou que, mesmo com a greve, as agências continuam funcionando em todo o estado. “Apesar da ausência de 14% dos trabalhadores em Sergipe, estamos realizando os trabalhos essenciais. Só temos problemas em cumprir os serviços com horas marcadas”, afirma o assessor, José Ginaldo.
Além disso, ele acrescenta que o movimento tem interesses políticos. “Os grupos não aceitaram a proposta do TST e da Justiça do Trabalho. Não é questão de problema administrativo ou de gestão. Esta é uma greve com interesses políticos”, finaliza.
Por Geilson Gomes e Verlane Estácio