O prédio foi construído em 1962 (Foto: Arquivo Infonet) |
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia Sergipe (Crea-SE) constatou que existe um alto risco de incêndio no antigo Hotel Palace, no Centro de Aracaju. O laudo técnico que aponta a situação do prédio foi finalizado após oito meses de avaliação. O documento revela circunstâncias nada favoráveis no que diz respeito à manutenção do prédio e aponta para a necessidade de reparos urgentes na estrutura do edifício.
O prédio foi construído em 1962, foi desativado no ano 1985, e desde então não passa por reformas. O laudo do Crea apontou diversos problemas, sendo que o mais grave é o risco iminente de incêndio no prédio devido as falhas na estrutura e a presença de materiais inflamáveis. “Existem pessoas morando no prédio, sendo que ele é um centro comercial, inclusive de armazenando materiais explosivos. O segundo andar está lacrado com diversas caixas que favorecem a uma proliferação maior de um incêndio. Então, o Hotel Palace hoje é uma caixa explosiva, qualquer acidente que venha ocorrer, por menor que seja, se tornará de proporções elevadíssimas”, alerta o presidente do Crea, Arício Rezende.
O laudo também apontou os seguintes problemas: inexistência de hidrantes para combate a incêndio; exposição de cabos elétricos, instalações elétricas inadequadas, risco de curto-circuito, choques elétricos e incêndios; salas completamente abandonadas;inexistência de sistema de proteção contra descargas atmosféricas; e ausência de sinalização de abandono e iluminação de emergência;
Presidente alerta para risco de incêndio no prédio (Foto: Portal Infonet) |
Arício Rezende revelou que é preciso definir a situação e destinação do edifício. “Tem que fazer um estudo de custo e benefício com a destinação final do prédio, ou então, demolir somente a torre de propriedade do Estado e recuperar o centro comercial. O que não pode é deixar a situação grave na qual o prédio apresenta hoje”, declara.
Interdição
A previsão inicial para interdição do prédio foi o último dia 27 de maio, porém, as corporações e órgãos envolvidos adiaram o procedimento já que encontrariam dificuldades em operacionalizar a interdição por conta da greve dos caminhoneiros, que desencadeou uma crise de abastecimento nos diversos níveis, em todo o país. De acordo com o major Queiroz, da Defesa Civil Estadual, os órgãos tem até do dia 14 de junho para interditar o prédio.
por Yago de Andrade e Verlane Estácio
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