Engenheiros e peritos do Crea realizaram a vistoaria (Fotos: Portal Infonet) |
Uma comissão formada por engenheiros e peritos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) realizou uma vistoria na ponte de Pedra Branca, que desabou no município de Laranjeiras. O fato aconteceu no dia 9 de maio, causando a morte de diversos animais [cavalos] e deixando boa parte da população aracajuana sem o abastecimento de água.
Segundo os engenheiros, a visita tem por objetivo analisar a questão estrutural da ponte [diâmetro dos canos, espessura da tubulação, bem como suporte fixo da ponte] para que sejam avaliadas as causas do desabamento. Os engenheiros fizeram registros fotográficos da ponte para anexar ao relatório.
De acordo com o especialista em projetos de ponte, o engenheiro Gilson Correa, uma das possibilidades levantadas é o rompimento dos cabos. “A visita aqui é para procurar indícios do que levou à ruína da ponte. Um dos fatos que a gente pode levantar seria a questão dos cabos que são responsáveis pela sustentação da ponte. Se eles partirem, e acredito que isso tenha ocorrido, a ponte não tem mais instabilidade e o fim foi esse que nós vemos. Mas isso tudo é uma hipótese preliminar”, avalia.
O engenheiro civil Luiz Carlos Sotero explica que também será avaliado se a estrutura da ponte estava de acordo com as normas. “O principal papel é juntar esses documentos e, por último, com laudos, a gente acompanhar se toda essa sistemática está de acordo com o que preconiza o setor de engenharia do Crea”, avalia o engenheiro civil Luiz Carlos Sotero.
Manutenção
Carlos Henrique diz que a política de manutenção da ponte deve ocorrer
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O engenheiro Carlos Henrique de Carvalho destaca que é preciso criar uma política de manutenção em pontes. “Você tem aqui uma ponte de 80 anos, 50 anos de tráfego rodoviário de BR, 30 anos com uma adutora e mais de 15 anos com a segunda adutora em pleno desempenho sem problema nenhum. Então, alguma coisa aconteceu para causar esse desabamento. Os governantes devem se alertar a respeito do aspecto da manutenção em pontes que tem cabo sob tensão, principalmente quando os cabos estão embutidos dentro do concreto, que ninguém está vendo pelo lado de fora. Aproveitar esse sinistro para dar esse alerta, criar uma política de proteção, talvez criar uma infraestrutura especializada de pessoas experientes,ou seja, contratando uma empresa para fazer essa manutenção”, avalia.
Enviar ao MPE
Após análise, os técnicos terão 60 dias para a conclusão do relatório que será encaminhado à Promotoria do Consumidor do Ministério Público Estadual (MPE). “Estamos fazendo uma análise para chegar a uma conclusão. Como o presidente do Crea disse que era em 60 dias, a gente vai tentar fazer de tudo para chegar nesse período. Vamos analisar e enviar tudo junto”, conta o coordenador da Defesa Civil do município, Nicanor Moura Neto.
Por Aisla Vasconcelos
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