Cresce número de denúncias do Salve

Durante a manhã desta segunda-feira, 18, no Auditório do Ministério Público do Estado de Sergipe diversos órgão que atuam na defesa dos Direitos da criança e adolescente e trabalham no enfrentamento da violência sexual infanto-juvenil estiveram reunidos. Na ocasião foram apresentados dados que revelam o crescimento no número de denúncias feitos através do Sistema de Aviso Legal por Violência, Maus tratos e Exploração contra Crianças e Adolescentes (SALVE).

De acordo com as estatísticas do Centro de Atendimento a Grupos Vulneráveis até maio de 2009 já foram abertos 84 inquéritos e prestados 325 boletins de ocorrências para apurar a violência contra crianças e adolescentes. Em 2008 no total foram abertos 128 inquéritos e prestados 648 boletins de ocorrências.

“Isso é resultado de toda uma ação coordenada do trabalho que é feito em rede e que ajuda que as denúncias cheguem até nós e sejam apuradas”, afirmou a coordenadora do Centro de Atendimento a Grupos Vulneráveis, Georlize Oliveira. Ela conta que desde outubro de 2008 um novo disque-denúncia começou a funcionar, através do número (0xx79) 3211-7000, e que aliado a outros já existentes – como o 100 e o 0800 791400 – tem servido para aumentar as denúncias.

“O cidadão ainda tem medo de notificar os casos, mas quando há a garantia de que ele não será exposto ele se sente mais seguro para denunciar”, explica a delegada. A promotora de justiça e diretora do Núcleo de Apoio a Infância e Adolescência (NAIA), Dra. Maria Conceição de Figueiredo, vê esse avanço como positivo, “há alguns anos tínhamos um cenário de omissão generalizada”, afrima. Mas apesar do crescimento dos dados “ainda há muitos conflitos e violência intra-familiar que ainda não são notificados”, declara.

Ela ressalta ainda que não basta apenas identificar os casos, é preciso que seja dado um tratamento decente às vítimas desses crimes. Dentre os problemas apontados por ela estão: a carência de atendimento no interior do Estado, a falta de um programa de tratamento para o agressor e a desestruturação do Instituto Médico Legal (IML). “Os problemas do IML nós sabemos que não vão ser resolvidos da noite para o dia”, declara.

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