Devido às sucessivas crises aéreas, potencializada pelo acidente com o avião da TAM ocorrido no último dia 17 de julho em São Paulo, agências de viagens aracajuanas registraram queda de 30% na venda de passagens e pacotes aéreos tanto para as regiões brasileiras quanto para o exterior.
“Na nossa empresa foi perceptível essa baixa nas escolhas por parte do consumidor. Mesmo havendo essa queda, nossa empresa conseguiu reverter essa situação com estratégias de vendas. Trabalhamos com opções rentáveis que focam públicos específicos e que não deixaram as escolhas de lado. Intercâmbio e viagens internacionais a lazer ainda são pontos chaves nas vendas”, comenta o consultor de viagens, Percy Maciel.
Uma prática adotada pelas operadoras de turismo de todo o país foi a redução dos preços de hotéis obtidos através de acordos. “A tática minimiza a diferença existente na perda pelos consumidores que desistiram de suas viagens”, continua o consultor de vendas. Ele afirma ainda que consumidores desistiram de viagens na manhã seguinte ao acidente ocorrido com o vôo 3054. Percy Maciel
Mas tiveram aquelas agências que não perceberam a redução nas vendas. Gerente de uma empresa de turismo, Carol Asencio, analisa o fato. “As pessoas continuam viajando e precisam viajar porque têm compromissos a serem cumpridos. Acredito que ainda é prematuro uma análise dessa queda nas passagens. A crise é existente. Mas trabalhamos com previsão contra possíveis fatos do tipo. Nenhum passageiro desistiu de viajar, seja a trabalho ou a lazer, seja para dentro do país ou para o exterior”.
Ônibus
Para os constantes atrasos aéreos, uma boa opção é o tráfego por terra. Utilizando empresas de ônibus como forma de minimizar o tempo perdido na fila de espera dos aeroportos. Mas tem empresa que após análises durante os dois últimos meses constatou que não houve diferença alguma em relação ao ano passado nas vendas de bilhetes.
André da Silva, encarregado de uma agência rodoviária que circula entre o Nordeste e Sudeste do país, explica que mesmo com as crises ocorridas no setor aéreo, as vendas, que poderiam ser potencializadas com o período de férias, que corresponde a junho e julho, não aumentaram. “Não foram colocados sequer carros extras. Sergipe, no que diz respeito à locomoção terrestre, ainda não sentiu as mudanças ocorridas no aéreo”.