“Do ponto de vista moral e ético um conselheiro que está sob investigação não tem condições de investigar ninguém”. Com esta justificativa o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Antônio Góis, provocou os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) tentando afastar o conselheiro do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE), Flávio Conceição de suas atividades. Góis acredita que deve-se fazer a auditoria na Deso
Até o final desta manhã, o promotor do MPE, responsável pela pasta do Patrimônio Público, Eduardo D’Ávila não havia recebido a denúncia. Da mesma forma, no MPF o processo ainda não havia sido encaminhado a um procurador.
Flávio Conceição foi um dos presos pela Polícia Federal acusado de envolvimento com o empresário Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama e, segundo as investigações, mandante da organização criminosa que atuava desviando recursos públicos federais.
Antônio Góis comentou que já foi publicado na imprensa local que o conselheiro influenciou na decisão do TCE/SE em proibir a realização de uma auditoria na Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). “E hoje se encontra nos quadros técnicos ou como assessores do TCE/SE quatro ex-funcionários da Deso. O ex-presidente Vitor Mandarino, o ex-diretor técnico Kleber Curvelo, o ex-diretor de administração e finanças, Fernando Dórea, e o ex-chefe de gabinete do presidente da Deso, Antônio Lima”, argumentou.