A partir deste domingo, dia 18, o público que for à praia de Atalaia vai poder participar de uma série de atividades voltadas para questões ambientais, promovidas pela Petrobras através do projeto “De Olho no Ambiente”. Além de Sergipe, a iniciativa vai funcionar em outras 12 praias das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do país. Nos próximos dois anos, o projeto “De Olho no Ambiente”, que custará R$ 3,6 milhões aos cofres da estatal, deverá se expandir para outras localidades. As discussões deverão enfatizar problemas relacionados a recursos hídricos, saneamento e economia de água. Durante o verão, oito tendas estarão instaladas nas proximidades dos arcos da Orla da Atalaia e, no local, a população poderá encontrar cartilhas com noções de proteção ao meio ambiente, palestras e oficinas com diversos temas. A programação de palestras e a convocação de lideranças comunitárias para participar do projeto estão a cargo de organizações ambientalistas. Em Sergipe a responsabilidade da execução da idéia ficou com a Sociedade Semear. Em entrevista ao Portal IndoNet, o diretor administrativo do órgão e coordenado geral do “De Olho no Ambiente” em Sergipe, Carlos Roberto Britto, explicou como deve funcionar a iniciativa no Estado. PORTAL INFONET – O que é o projeto “De Olho no Ambiente”? CARLOS BRITTO – O “De Olho no Ambiente” é um projeto que tem o patrocínio da Petrobras e será desenvolvido em diversas praias brasileiras, em dez Estados. Em cada local ele será executado por uma Organização Não Governamental. No caso de Sergipe a entidade escolhida foi a Semear. O foco principal do projeto é a água e o saneamento básico. Isto porque sabemos que a problemática que hoje envolve a água é complexa. Então pretendemos conscientizar a população brasileira de como é fundamental de que se invista no saneamento básico e na qualidade da água para as comunidades. INFONET – E a idéia é levar a discussão dessa problemática apenas para as praias? CB – Não é só isso. Este é um projeto permanente que será desenvolvido em duas etapas no ano. No Verão a gente faz uma atividade concentrada, durante 30 dias, em plena praia, com tendas, oficinas, palestras, vídeos, peças teatrais e música, shows de calouros, tudo focando a questão do meio ambiente. No restante do ano serão desenvolvidas ações junto às comunidades. Através do conhecimento disseminado pelo projeto, acreditamos que a população terá condições de cobrar dos governantes uma melhor qualidade na prestação de serviços e conscientização no cuidado com os mananciais de água. INFONET – Além das palestras também será feito algum tipo de pesquisa junto às comunidades? CB – Faremos sim. Uma equipe formada por estagiários – alunos dos cursos de Geografia, Biologia, Engenharia Florestal, que estão sob a coordenação de uma bióloga – farão um levantamento sobre as condições sócio-ambientais, principalmente daquelas que se encontram no entorno da praia, a exemplo da Coroa do Meio e do Conjunto Beira Mar, até para saber como enfocar essas comunidades no projeto. Isto é, a participação da comunidade na iniciativa vai depender desse diagnóstico que será feito. Enquanto esses dados não são consolidados, faremos um trabalho de chamamento, de mobilização das pessoas para as atividades nas tendas, levando, inclusive, para as oficinas, um público que geralmente não tem acesso a esses eventos, como crianças que vivem em orfanatos e idosos que moram em asilos. Queremos dar um passo definitivo na criação da consciência ecológica e, para a Semear, é uma honra ser convidada pela Petrobras, uma empresa que tem hoje o seu foco voltado para a questão da responsabilidade social e da defesa do meio ambiente, para ser parceira neste projeto. Petrobras e Sociedade Semear lançam “De olho no Ambiente”
