Uma discussão acirrada, marcada por trocas de acusações e apresentações de propostas. Assim foi o debate ocorrido hoje, na rádio CBN Aracaju – 930 AM, conduzido pelo jornalista Luciano Correia, entre José Crístian Góes e Enoque Araújo da Paixão, candidatos à presidência do Sindicato de Jornalistas de Sergipe – Sindijor. A discussão começou com Crístian Góis acusando Enoque Araújo, atual presidente do sindicato, de promover diversas irregularidades em sua gestão. “Os jornalistas sergipanos conhecem muito bem a gestão de Enoque. Desde que ele assumiu a presidência atual, o sindicato se transferiu para a Aruana, para o Forró do Candeeiro. Enoque estava omisso e continua omisso em relação às lutas da classe como a questão do diploma, o piso salarial e a distribuição de registros”, disse Crístian. Outra acusação feita por Góis é a de que o Sindijor gerou uma receita de R$ 48.520, empregados em “despesas totalmente absurdas, inclusive com combustíveis e lubrificantes quando nem carro o sindicato tem. A gestão de Enoque não tem proposta nenhuma”. Crístian continuou afirmando que “Enoque não é representante da categoria e nenhum jornalista se sente representado por ele. Quem votar na Chapa 2 estará anulando seu voto”. Já Enoque Araújo afirmou que “a oposição tenta ganhar as eleições através de medidas anti-democráticas. Conseguimos, em minha gestão, o maior número de associados. Minas Gerais e São Paulo colocaram nosso sindicato como modelo”. Enoque continuou afirmando que realizou, em 2001, a primeira campanha salarial com o objetivo de tentar regionalizar o piso do jornalista no Nordeste, mas a categoria patronal não retornou a proposta. “Esse rapaz é tão mentiroso que eu não vou nem me justificar para esse moço. Eu tenho história aqui em Aracaju. Esse moço é que queria colocar o sindicato a pique. A prática dele é tumultuar. Desisti até de ser candidato a vereador para priorizar a campanha à presidência do Sindijor”, explicou Enoque. Quanto às propostas, cada candidato anunciou suas ações ao jornalista Luciano Correia. Crístian Góis propôs a reconstrução imediata do sindicato. Logo depois, realizar parcerias e convênios com livrarias, universidades e planos de saúde estão na pauta do candidato. “Vamos trabalhar para a aquisição de uma sede própria com auditório e outros espaços para o jornalista e melhoraremos a qualidade do prêmio Banco do Brasil, inclusive com a criação de novos prêmios”, afirmou Góis. O atual presidente disse que daria mais dinâmica e autonomia ao Sindijor e que “nossa grande proposta é transformar o sindicato em colegiado, ao contrário do atual sistema presidencial”. Enoque falou que essa é uma forma de dar mais participação aos sindicalizados. Assembléia rejeita contas da atual gestão do Sindijor