Foto: Márcio Dantas (AAN)

A visita ainda teve um caráter político muito mais acentuado: Déda chamou Dutra para participar de sua administração, “onde ele quiser, para nos ajudar a continuar construindo nosso projeto de governo”, disse o prefeito. Já Dutra, declarou que “mesmo que alguns pretensos donos da sergipanidade queiram dizer o contrário, sou sergipano de coração e por opção e vou ser candidato ano que vem para ajudar a derrotar o atraso em Sergipe”. Para quem não lembra, o candidato foi chamado de forasteiro nas últimas eleições para o Governo de Sergipe.

O ex-presidente reforçou que agora, sem estar no comando de uma das maiores estatais do Brasil, ele poderia responder a acusações que permearam todo o tempo em que esteve dirigindo a Petrobras: “ouvi calado muita coisa. Agora vamos mostrar a verdade”. Parece que a disputa com o governador João Alves Filho também será uma assunto a ser requentado nessa nova fase. “Esta é uma luta política e como estou dentro da Petrobras não gosto de responder às indagações, principalmente sobre os questionamentos do governador João Alves Filho”, disse ele.

Porém, Dutra fez questão de deixar bem claro que não ouvirá calado nenhuma crítica infundada à sua passagem pela estatal, afirmando que eram mentiras as acusações do governador do Estado sobre o fato da Petrobras favorecer a poucos municípios sergipanos. Porém, mesmo depois de tantas pistas, Dutra explicou que só poderá se candidatar ao Senado após as convenções partidárias, que deve acontecer ainda no próximo ano. É lá que cada partido escolhe os nomes mais fortes de suas siglas para tentarem uma vaga a um cargo administrativo majoritário.

Depois de especulações, Dutra confirmou sua participação na administração pública aracajuana, dizendo que estaria conversando com Déda para, juntos, definirem a melhor pasta de atuação para o ex-presidente.