Defensores públicos reúnem moradores do Aloque para fazer reunião sobre usucapião

Defensores reuniram as famílias na igreja da comunidade (Foto: Defensoria Pública)

Atendendo ao convite do Padre Peixoto, os defensores públicos dos Núcleos de Direitos Humanos e de Articulação com os Movimentos de Bairros, Alfredo Carlos Nikolaus, Miguel Cerqueira e Rose Neide Alves visitaram a comunidade do Bairro Aloque. A reunião foi realizada na igreja Santuário Santo Expedito e contou com a presença de dezenas de moradores que compareceram para orientação jurídica e reivindicar melhorias na saúde, educação e saneamento básico.

De acordo com a líder da comunidade, Geralda Cruz, cerca de 122 famílias moram naquela localidade, sendo que 20% da população é composta por jovens e crianças, e 17 são idosos. "Tenho 84 anos e moro aqui há 45, mas minha casa não tem escritura. Agora tenho esperança de conseguir a escritura e da nossa vida melhorar, pois a situação aqui não é boa”, disse.

Durante a reunião os defensores públicos falaram sobre a importância da Defensoria Pública, dos Núcleos de Atendimento, da assistência jurídica e citaram os documentos necessários para entrar com ação de usucapião. “A ação de usucapião não é qualquer uma, mas estamos aqui para ajudar e resolver a situação de todos que estão com essa pendência, como também outras questões jurídicas. Muitos imóveis do Bairro Aloque não possuem escritura, por isso, viemos para explicar que qualquer um pode entrar com ação de usucapião sem pagar nada por isso, pois a Defensoria Pública é para aqueles que não têm condições de arcar com as custas de um advogado”, esclareceu a defensora pública, Rose Neide Alves.

O coordenador do Núcleo de Articulação com os Movimentos de Bairros, defensor público Alfredo Carlos Nikolaus, destacou o trabalho da Defensoria Pública. “Trabalhamos para resolver a situação da população carente e fazemos com que todos tenham dignidade como seres humanos, buscando efetivar as garantias e os direitos de todas as pessoas necessitadas”, enfatizou.

“O defensor público é o advogado que fala pelo povo e faz valer os seus direitos”, ressaltou o defensor público do Núcleo de Direitos Humanos, Miguel Cerqueira, ao lembrar a ação movida em favor de uma portadora de necessidades especiais, onde a Defensoria Pública garantiu o direito à escola.

Entre inúmeras reclamações dos moradores, a saúde pública é a mais crítica. Segundo a moradora Marileide Santos, o único posto de saúde que atende a população é o Irmã Caridade, mas funciona precariamente. “Só tem uma médica que vem apenas uma vez na semana, todas as quartas-feiras pela manhã. O horário é das 7h às 13h, mas tem semanas que ela não aparece e quando aparece chega as 9h e sai as 11h, deixando muita gente sem atender”, denunciou.

Ainda, segundo Marileide, no Bairro não há creches e escolas. “Para não deixar nossos filhos sem estudar matriculamos nos colégios do Sol Nascente. Estamos confiantes de que os defensores públicos farão o possível para melhorar a vida de todos aqui, pois do jeito que está não pode continuar”, espera.

Fonte: Defensoria Pública

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