A Defensoria Pública – responsável pela defesa de Enocke Pedro da Silva, acusado de executar, com cinco tiros, em 1998, o promotor da comarca de Cedro de São João, Valdir Dantas -, tem cinco dias para recorrer da decisão proferida no julgamento do réu, que terminou na madrugada de hoje, no Fórum Gumercindo Bessa. A decisão do Júri Popular – por quatro votos a três – definiu uma pena de 18 anos e nove meses, em regime fechado. Segundo o inquérito, o promotor foi morto ao fazer sua caminhada matinal. Enock Pedro teria sido contratado pelo juiz aposentado Francisco Novais e pelo advogado Kleber Gonçalves de Melo. Dantas conduzia um inquérito policial contra Novais e Gonçalves, suspeitos de envolvimento na liberação de veículos apreendidos em delegacias de polícia. De acordo com o inquérito, Novais forjava processos e autorizava a entrega dos bens a Gonçalves, que os vendia e dividia o dinheiro com o juiz aposentado. juiz foi condenado a uma pena de 18 anos e seis meses de prisão, mas continua em liberdade por ser réu primário. Já o julgamento de Melo deve acontecer ainda este ano.