O constante monitoramento das áreas de risco, na capital, passa pela modernização dos métodos de mapeamento dos bairros. Desde 2017, a Secretaria da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), através da Defesa Civil de Aracaju, realiza a captação de imagens aéreas, com a utilização de um drone, em localidades previamente selecionadas, com base na classificação de risco. Já foram realizadas imagens dos bairros Porto Dantas e Cidade Nova. A cobertura chega, agora, ao bairro Industrial e ao Santo Antônio.
A ação integra o planejamento estratégico da Prefeitura de Aracaju, em um esforço preventivo a possíveis desastres, assim como para minimizar riscos, especialmente, no período com maior incidência de chuvas. A partir dos dados coletados é possíveis identificar os pontos críticos, em cada bairro, e atuar de forma integrada com os demais órgãos competentes e com a comunidade.
O secretário da Defesa Social e da Cidadania, Luís Fernando Almeida, ressalta que o mecanismo gera subsídios para a execução de medidas necessárias à segurança da população de forma ágil e assertiva. “Esse trabalho é fundamental para que, havendo chuvas fortes, não ocorram maiores problemas, gerando estratégias para minimiza-los ou evitá-los. Entendemos que, diante do mapeamento de todas as áreas de risco, a Prefeitura manterá, em conformidade com as demandas da sociedade, a prioridade de suas obras e de suas ações voltadas à diminuição de riscos para a população”, ressaltou.
Modernização
Até o início de 2017, o processo de mapeamento, na cidade, era executado a pé ou com o uso de viaturas. Porém, os locais, principalmente as áreas com risco muito alto, são de difícil acesso. Com a perspectiva de aprimorar o resultado do trabalho, que compete a Defesa Civil, a utilização de drones passou a ser efetivada para otimizar o serviço e possibilitar que os técnicos possam avaliar com maior precisão as áreas mais amplas, em um menor espaço de tempo.
O coordenador da Defesa Civil de Aracaju, o major Sílvio Prado, revela que o mapeamento consiste na quantificação de casas que estão em áreas de risco e cálculo do número de pessoas que residem em cada região monitorada. Esses dados contribuem para a preparação no atendimento à sociedade, caso venha a ocorrer algum tipo de desastre, naquelas áreas. “Precisamos estar preparados para abrigar esse número de pessoas ou ter espaços disponíveis para esse quantitativo, assim como ter disponibilidade de colchões, de água potável, alimentação, dentre outros elementos necessários”, explicou.
Integração
Todos os dados também são encaminhados para a Secretaria da Assistência Social de Aracaju, assim como atendem as demandas de diversos órgãos, como é ocaso do Ministério da Integração Nacional e Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb). As informações são levadas em consideração, inclusive, para o planejamento do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da capital.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, são desenvolvidas análises comparativas para identificar o crescimento no número de pessoas que passaram a ocupar as áreas de risco, em relação aos anos anteriores. A partir disso, são geradas estratégias de ação, campanhas educativas, intensificação da divulgação dos serviços da Defesa Civil, como o número emergencial 199 e o serviço de alerta por SMS – 40199. “O monitoramento gera essa cadeia de informações e ações, que tanto nos auxilia a nos preparar, como também, a deixar essas pessoas que residem em áreas de risco preparadas e bem informadas sobre como proceder em situação de emergência”, avaliou o major Sílvio Prado.
Santo Antônio e Industrial
Antes da captação das imagens com a utilização de drones, as áreas selecionadas passam por uma análise de identificação de ameaças e pontos suscetíveis à desastres. No caso dos bairros Santo Antônio e Industrial, os riscos estão relacionados com a movimentação de massas, como deslizamento de solo.
O geólogo da Defesa Civil de Aracaju, Lucas Santana, explica que esses bairros estão entre as áreas com relevo mais acentuado, em Aracaju. “São regiões com declividade acentuada, também. Essas características fazem com que esse locais sejam considerados como áreas de risco. Esses são elementos já identificados, anteriormente, pela companhia de Serviço Geológico do Brasil. A ideia é refinar esses dados e detalhar mais esses pontos que já foram mapeados”, explicou.
O trabalho demanda ainda a elaboração de um mapa, que orienta o itinerário das captações. “Desenvolvemos polígonos, com indicação dos pontos de possíveis riscos. Esse mapa é utilizado no momento da obtenção das imagens. Percorremos todos esses pontos elencados, com a altitude e angulação ideais para a identificação adequada dos imóveis que se encontram nessas áreas de risco”, informou o geólogo.
Fonte: PMA
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