A campanha em defesa dos manguezais sergipanos parece mesmo ter funcionado. Após o dia 15 deste mês, com o fim do período de defeso – que começou desde o último dia 15 de outubro -, os catadores de caranguejo poderão voltar às suas atividades normais de pesca. Segundo o superintendente do Ibama, Luiz Durval, os fiscais do Ibama registraram apenas dois atos lavrados por infrações e três termos de apreensões, o que revela o grande nível de consciência desenvolvido na população que consume do crustáceo. Durante o período de defeso, o Ibama apreendeu 28 cordas de caranguejos, somando um total de 168 crustáceos. “Com o período do defeso, 60% do caranguejo deixou de ser capturado pelos pescadores”, diz Luiz Durval. Este número deixou o Ibama otimista e mostra que a população também se engajou e tornou-se mais consciente da importância da preservação da espécie. Os bares e restaurantes também tiveram uma considerável participação no período. Até o momento, 286 estabelecimentos foram fiscalizados em diversos pontos do Estado. O trabalho de vistoria vem sendo desenvolvido por uma equipe de 15 técnicos, sendo 14 deles fiscais e um coordenador. As visitas dos fiscais acontecem nas localidades de maior índice de captura de caranguejo – nas estradas, para prevenir o transporte clandestino do crustáceo e nas feiras livres da capital e do interior, assim como no Mercado municipal. O Ibama está atuando junto aos municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Itabaiana, Itaporanga D´Ajuda, Maruim, Pirambu, Santa Luzia do Itanhy, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão. ANDADA – Nos meses de janeiro e fevereiro – de 3 a 4 dias – o caranguejo estará na fase da andada. Segundo o superintendente do Ibama, Luiz Durval, o crustáceo estará magro, é quando o caranguejo macho sai da sua toca – “atordoado” para procurar a fêmea e, por causa de sua vulnerabilidade, torna-se uma presa fácil dos pescadores. “Nesse período será estabelecido outro defeso. Dessa vez, não só para as fêmeas”, diz Luiz Durval.