A Delegada Regional do Trabalho, Lourdes Correia, anunciou hoje, 14, em coletiva juntamente com o secretário de Estado do Trabalho da Juventude e Promoção da Igualdade, Renatinho Brandão, o pedido de exoneração do cargo após quatro anos em atividades. Segundo a delegada não existe razão para o desligamento do cargo, não da Delegacia Regional do Trabalho, na qual atua como auditora fiscal, a não ser simplesmente o sentimento de dever cumprido. “Sentimos que o dever foi cumprido. E achamos importante as mudanças, mas a gente vai ficar disponível para dialogar”, afirma dizendo entender que a transição deve ser tranquila para que nem a casa e nem a sociedade percam na realização do serviço e funcionamento da instituição. Em coletiva, a delegada apresentou suas ações durante o exercício de 2006 a exemplo de ações para melhoria do prédio resultando num melhor atendimento à população, capacitação de funcionários, criação da sala dos movimentos sociais fornecendo material de apoio como fax, internet e telefone. Citou oito licitações em andamento como solicitação de materiais de expediente, manutenção de veículos, ar-condicionado, contratação de vigilância desarmada, limpeza e asseio do órgão, e fornecimento de água para atender a usuários internos e externos. Apresentou também o aumento do expediente para atender a demanda da população desde a sua chegada na DRT em abril de 2003, passando a dois expedientes no horário das 7h às 19h, o que resultou num aumento quantitativo de todos as ações feitas pela delegacia. “Tudo em quantitativo aumentou e em qualitativo melhorou”, resume sua administração a delegada que diz ter contado com apoio de parcerias de órgãos federais como Ibama, INSS e o próprio Ministério do Trabalho. De acordo com Lourdes Correia, em sua saída não houve pressão de setores interessados, mas que houve sim incompreensão de alguns em sua administração. “Muitos não entendem a dificuldade de administrar, mas temos consciência do esforço dos funcionários da DRT. Eu não me senti pressionada de jeito nenhum, mas houve alguns momentos de incompreensão”, confirma. Em todo seu discurso a delegada afirmou que em sua gestão houve abertura para o diálogo, meio pelo qual demonstrou reconhecer como o mais eficaz para elaboração de políticas públicas e para a execução eficiente destas, mostrando a importância do trabalhador amaparado socialmente. Pescadores e Catadores de Caranguejo A delegada afirmou que os pescadores e catadores de caranguejos serão ressarcidos pelo seguro desemprego no período de defeso do marisco. Cerca de 3 mil pescadores estão cadastrados devidamente (apresentação da carteria de pescador artesanal, com a declaração do presidente da colônia dos pescadores e a declaração de pagamento do INSS) portanto aptos para receber o benefício.
A delegada frisou que o pedido de exoneração não acarretará no abandono de cargo, mas que permanecerá em exercício até que haja a indicação de um delegado substituto. “Estamos aqui para dar esse esclarecimento, estamos sim aguardando a exoneração, mas não abandonando o cargo porque acreditamos nas políticas de governo”, declara a delegada. Para substituir a delegada ainda não há um nome a ser divulgado, e segundo Correia não haverá indicação por parte de sua gestão. “Não vamos indicar nomes, vamos respeitar a escolha e contribuir com qualquer um”, afirma Lourdes Correia. 
Delegada Lourdes Correia
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