Delegado diz que Rosemberg não deveria estar solto

Momento em que a PM preserva o cenário do crime (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

O delegado Kássio Viana, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), tem convicção de que o sistema penal é falho e estranha a liberdade concedida pelo Poder Judiciário a Rosemberg José Guilherme Marques, assassinado na tarde da terça-feira na porta de um consultório dentário, na rua Lagarto em Aracaju. Segundo o delegado, Rosemberg Marques respondia a uma série de processos judiciais, além de ser condenado a mais de 19 anos de prisão pelo assassinato do ex-deputado Joaldo Barbosa, crime ocorrido no mês de janeiro de 2003.

O delegado não transmite maiores informações sobre as investigações, diz que já começou a ouvir testemunhas mas não informa se já possui efetivamente uma linha de investigação. Apesar da grande lista de processos instaurados contra a vítima do homicídio, o delegado garante que só se deterá no passado de Rosemberg Marques em situações que possam contribuir para que a morte dele seja efetivamente elucidada.

Além de usar tornezeleira eletrônica, pela acusação de porte ilegal de arma, Rosemberg Marques também respondia por crimes de estelionato, que seria a base de sua atuação delituosa, segundo informações do delegado Kássio Viana. “Há muito tempo que ele é envolvido com o crime e há muita coisa”, comenta o delegado. “Ele não podia estar solto”, comentou.

Rosemberg morre no sofá 

Rosemberg Marques foi condenado a pena de prisão em regime fechado pelo assassinato do ex-deputado Joaldo Barbosa, acabou beneficiado com progressão de regime e cumpria a medida em regime aberto. Mesmo sendo atuado em flagrante por porte ilegal de arma, Rosemberg Marques não permaneceu na prisão, beneficiado por alvará de soltura expedido pelo Judiciário, segundo o delegado.

Na tarde da terça-feira, Rosemberg Marques foi atingido por tiros na porta de um consultório dentário, onde ele aguardava atendimento. De acordo com os primeiros levantamentos realizados pela Polícia Militar e confirmados no cenário do crime pelo tenente-coronel Vivaldy Cabral, comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar, Rosemberg Marques chegou a atender uma ligação telefônica, teria informado onde se encontrava, saiu da parte interna do imóvel onde funciona o consultório dentário e, ao chegar na calçada, acabou alvejado por tiros. Os projéteis o atingiram pelas costas, ele correu voltou ao consultório e morreu sentado no sofá.

Por Cássia Santana

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