Delegado garante ligação de taxista com sequestradores

Delegado Everton Santos: "O taxista foi de maneira voluntária para Gararu" (Foto: Portal Infonet)

“Sem nenhuma dúvida para a polícia, ele sabia para onde estava indo, porque estava indo e com quem estava indo. Não houve qualquer ligação do disque-taxi para ele durante o dia e muito menos ninguém foi de arma em punho. Ele foi de maneira voluntária para a cidade de Gararu participar de um possível sequestro ao gerente do BNB”. Foi o que garantiu o delegado geral, Everton Santos, na tarde desta terça-feira, 10, durante coletiva de imprensa sobre o assassinato de dois ex-assaltantes de banco e de um taxista no domingo, 8.

Segundo ele, o fato de a família não saber do envolvimento no crime, não é novidade.“Isso pra mim é normal, são vários pais que não acreditam que os filhos estão envolvidos. Como é que o cara diz que vai para o Sapé e vai para Gararu? O caso do professor da pousada, a família só acreditou que ele era homossexual quando a polícia prendeu o cara e nós fomos ao final mostrar que a investigação estava correta. Infelizmente, nesse caso do taxista, aconteceu a morte, mas a gente não está na cabeça do delinquente e reação tem que ser obviamente abatida com reação, onde tem arma de fogo, tem que ter arma de fogo mais potente e homens mais hábeis”, ressalta acrescentando que a investigação é do Complexo de Operações Especiais (Cope).

Detalhes

Isaías Felipe (Foto: Divulgação Família)

De acordo com o delegado geral, há mais de 20 dias, a Polícia Civil tomou conhecimento de que haveria o sequestro de um gerente de banco no interior. “À medida que a Divisão de Inteligência foi amadurecendo é que nós percebemos que seria um banco em Gararu. Os três indivíduos mortos já tinham estado em Gararu no táxi com a placa de São Cristóvão e no domingo, eles saíram daqui para concluir o evento delitivo, sequestrando familiares até que o banco abrisse no dia seguinte para subtrair uma certa quantia em espécie. E antes mesmo que iniciasse a execução, nós decidimos abordar para evitar que o crime se iniciasse colocando pessoas em risco. Dois deles já tinham passagem pela polícia por roubo a banco e o taxista não se tinha notícias de passagem pela polícia, mas que ele participou da reunião que tramava o sequestro e da visita”, detalha lembrando que foram encontradas três armas no carro, mas a polícia não sabe se alguma delas era do taxista.

“Eu só quero dizer que ele não morreu sem saber o que estava fazendo. Ele foi para Gararu na semana passada e foi no domingo sabendo que era pra sequestrar porque ele participou da reunião, exatamente da dinâmica da execução do crime de sequestro contra um gerente de banco”, reitera Everton Santos.

IML

Indagado pelo Portal Infonet sobre por que o corpo do taxista ter chegado ao IML/SE por volta das 16h do domingo e a família comunicada na segunda-feira, 9, o delegado geral foi enfático:

“Fui eu, o delegado geral, que mantive os três corpos. Pedi a todos do IML que não divulgassem. A polícia ainda estava em diligência em busca de outras pessoas. O corpo até que seja liberado, pertence ao Estado e fui eu que realmente determinei que os corpos permanecessem ali até a segunda-feira. Solicitei ao diretor do IML que buscasse os corpos de forma sigilosa, até o final da investigação”.

Os três mortos em Gararu foram Cláudio Marcelo Rinco, conhecido como Geléia e Jonathan Gomes, conhecido como Galego da Broz [ambos colocados em liberdade em outubro último, após terem sido presos acusados de assaltos a bancos] e o taxista Isaias Felipe.

Por Aldaci de Souza

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