Denúncia de maus tratos a animais leva MP ao Parque da Cidade

O promotor Sandro Costa (de azul), e Joubert Pimentel, diretor do Parque (de verde e calça jeans)
O Ministério Público Estadual visitou hoje, 9, o Parque da Cidade para verificar as instalações do zoológico. Denúncias de que os animais não estão abrigados corretamente chegaram até o promotor Sandro Costa, que convocou uma audiência entre a direção do Parque, as duas ONGs denunciantes, e representantes do Ibama e da polícia ambiental. Mesmo após a reforma, o parque ainda apresenta problemas nos abrigos dos animais.

As ONGs Centro de Pesquisas Ecológicas, Culturais e Sociais (Cepecs- Brasil) e Associação Defensora dos Animais São Francisco de Assis (Adasfa), realizaram vídeos e fotos em setembro de 2006 que mostravam a situação dos animais no Parque durante as obras. “A gente acredita que as jaulas não sejam adequadas para temperatura ambiente” comentou Carlos Eduardo Silva, representante da Cepecs.

Dois dos principais objetos de controvérsia da denúncia são as acomodações do Urso norte-americano e de um leão. O urso foi uma aquisição vinda do Zoológico de Recife, e vivia lá há mais de vinte anos. Isso já apontaria uma adaptação do animal ao clima brasileiro, segundo Joubert Pimentel, diretor do Parque.

“Alguns recintos ainda carecem de enriquecimento ambiental. Mas parece que eles já têm isso no planejamento. Eu acredito que não existam maiores problemas. Mas deixo mais conclusões para o meu relatório final”, falou durante a visita a analista ambiental do Ibama, Paula Rocha.

Pimentel, que também é um dos médicos veterinários responsáveis pelo zoológico, admite que ainda faltam alguns pontos de melhora para os animais. “Eu mesmo tenho críticas com relação ao posicionamento de algumas jaulas com relação ao sol. Mas agora que já está erguido o que nós podemos fazer é tentar amenizar o impacto da luz com sombreamento de plantas”, declarou o diretor.

Jaula de animais, desprotegida do sol
Uma das saídas apontadas pelas Ong´s é o sombreamento artificial das jaulas, enquanto a vegetação cresce. “O que nós vamos fazer agora é esperar o relatório do Ibama e da direção do Parque sobre as situações encontradas, para deliberar as ações”, comentou o promotor Sandro Costa. O Conselho Regional de Medicina Veterinária também emitirá seu parecer a respeito do caso.

Atualmente existem 550 animais, de 46 espécies numa área relativa à 15 hectares de terra dentro do Parque, exclusiva para o zoológico. Para cuidar dos animais a equipe veterinária é composta por dois médicos e cinco estagiários.

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