Deputado rebate críticas de secretário e fala sobre o TEF

Hoje pela manhã, o deputado estadual Fabiano Oliveira rebateu algumas críticas feitas ontem pelo secretário de Estado de Turismo, Pedrinho Valadares, com relação aos pronunciamentos feitos pelo parlamentar na Assembléia legislativa sobre a questões ligadas ao turismo em Sergipe. Segundo Oliveira, ele nunca culpou o Governo do Estado pelo fechamento de bares e restaurantes em Sergipe.

O parlamentar disse que em seu pronunciamento somente colocava a situação difícil pelo qual o setor vem passando, conforme sua opinião, e sugeria medidas como a suspensão da Tranferência Eletrônica de Fundos (TEF) em horário de maior movimento nestes estabelecimentos.
“De forma alguma eu seria leviano de fazer tal afirmação, dizendo que o Governo é o culpado pelo fechamento dos bares e restaurantes no Estado.  A declaração de Pedrinho foi injusta. A Assembléia tem todos os meus discursos arquivados para quem quiser ver”, disse.

O deputado completou dizendo que foi procurado pela Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento (Abrasel) – Secção Sergipe para tratar da TEF e que, em seu pronunciamento, propôs uma solução para o fato. “Na minha fala apresentei uma portaria do Estado de Alagoas que determinou a suspensão da TEF em bares e restaurante nos horários de pico. Outros Estados do Nordeste também estão seguindo este exemplo, que foi implementado pela primeira vez em São Paulo”, esclareceu Oliveira.

Conforme o deputado, o setor de bares e restaurantes vem enfrentando um momento de crise no Estado, o que dificulta ainda mais a instalação da TEF para os empresários desse ramo comercial. Oliveira informou ainda que além de dispendiosa, o sistema da TEF é lento. “A despesa com a instalação da TEF é muito grande. Primeiro o empresário tem que comprar, para cada cartão, um software que custa em média R$ 2.500. Segundo: para ter menos problemas com a demora ele precisa adquirir uma linha exclusiva, que custa R$ 830,00. Isto quando ele não tem que trocar a maquineta emissora de cupom, que custa aproximadamente R$ 3.000. Se não bastasse isto, existe a demora na hora de passar o cartão. O cliente fica esperando de 30 a 40 minutos”, descreveu Oliveira.

O parlamentar acrescentou, ainda, que quando se usa a TEF não se pode dividir as despesas em dois cartões, nem se devolver parte do produto não consumido. “Nos casos de alguns bares da Orla, por exemplo, que levam o isopor cheio de bebidas para o cliente. Este consome o que quer e no final devolve o que não bebeu. Neste caso não pode haver devolução. O consumidor tem que pagar pelo isopor todo, pois com a TEF o empresário tem que registrar antes de levar para o consumidor tudo o que está sendo servido”, observa o deputado.

APOIO – Quem também defendeu o ponto de vista do deputado foi o dono do restaurante Teimonde, Lealdo Feitosa. Um dos vários empresários que não adotaram a TEF, ele argumenta que o sistema é caro e não funciona. “A TEF causa problemas sérios. As vezes é uma confusão. Você leva 40 minutos para passar um cartão. Não pode dividir a conta e ainda cobra Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre os 10% do garçom”, declarou Feitosa.

Quem também partilha de tal ponto de vista é o dono do restaurante Cantina d’Itália, Maurício Carvalho Gomes. Ele instalou o sistema da TEF no seu estabelecimento e confirma as informações passadas tanto por Feitosa quanto por Oliveira. Gomes disse que optou por ter o as TEF no seu restaurante simplesmente para provar que ela não funciona na pratica. Como exemplo, Gomes relatou um caso que ocorreu há poucos dias no seu estabelecimento.

Segundo ele, cerca de 30 pessoas que participavam de um evento na capital foram almoçar na Cantina. “Na hora do pagamento da conta tivemos que passar 30 cartões. Levamos aproximadamente 1h20 para conseguir realizar todos os pagamentos”, relatou.

DISCORDÂNCIA – O assessor da Secretaria de Estado de Turismo, Elton Coelho, saiu na defesa do Governo alegando que 100% das lojas dos Shoppings aderiram ao sistema, bem como o  setor varejista. Segundo Coelho, os problemas de demora do sistema já foram resolvidos. Ele alegou que usou o cartão, no último feriado, para pagar uma conta de restaurante e o processo total não levou mais de três minutos.

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