Desabrigados param o trânsito no Lamarão

Panfletagem chama a atenção de transeuntes (Fotos: Cássia Santana)

Nesta quinta-feira, 16, as famílias retiradas de áreas de risco no bairro Santa Maria realizaram uma manifestação na avenida Euclides Figueiredo, no bairro Lamarão, em repúdio às condições de alojamento. Cerca de 111 famílias foram transferidas pela Prefeitura de Aracaju para um galpão no bairro Lamarão, onde elas permanecem alojadas sem previsão de benefícios.

Os manifestantes pararam o trânsito na Euclides Figueiredo e distribuíram um panfleto em repúdio à Prefeitura de Aracaju: “Galpão não é moradia. Queremos casa”, explicita o panfleto. Em nota, os moradores revelam que o galpão está sendo ocupado por 111 adultos e 110 crianças. “Nossas crianças não estão estudando. Os pais estão desempregados. A Prefeitura derrubou nossos barracos, destruiu nossos utensílios do lar, nos deixou na rua”, revela o panfleto. “Não estamos pedindo esmola nem pedindo favor à Prefeitura. Estamos exigindo um direito nosso, que é o direito de viver bem”.

Luta por moradia digna

A Secretaria de Assistência Social e Cidadania do Município de Aracaju (Semasc) informa que a Prefeitura não tem alternativa para estas famílias, a não ser orientá-las a procurar apoio junto a familiares. De acordo com informações da Assessoria de Comunicação da Semasc, a ação da Prefeitura evitou uma tragédia, uma vez que aquelas famílias construíram barracos em áreas de risco no Santa Maria.

A Assessoria de Comunicação da Semasc informa ainda que a Prefeitura atualizou o cadastro de moradores de área de risco há um ano e que aqueles moradores não constavam da relação. Mesmo assim, conforme a Assessoria, a PMA decidiu ampará-los, retirando das áreas de risco, colocando-os no galpão, distribuindo cestas básicas e cobertores e fazendo novo cadastro para que aquelas famílias sejam beneficiados em futuros projetos de habitação população da Prefeitura de Aracaju.

Dados da Semasc revelam que a PMA retirou 1.005 famílias que estavam vivendo em locais de risco naquele bairro da capital sergipana. Deste total, 636 receberam auxílio moradia e outros foram encaminhados para casas de familiares e para galpões. A Semasc é enfática: a PMA não tem condições de adotar outras providências.

Por Cássia Santana

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