A descoberta de um campo petrolífero em Sergipe, com um potencial de quase 81 milhões de barris, sem dúvida, foi a melhor notícia que o sergipano recebeu nesse ano. No mesmo dia, a Petrobrás anunciou descobertas no recôncavo baiano e no litoral do Rio Grande do Norte, perfazendo um total de 135 milhões de barris, no que foi classificada como a maior descoberta petrolífera no País dos últimos 30 anos. Se a informação procede, os campos anunciados ao final da semana passada são maiores que a bacia de Campos, hoje em franca exploração. Por causa dos anúncios, as ações da Petrobrás, tanto no mercado de petróleo como no mercado livre, dispararam. Só se espera agora que o Governo de Fernando Henrique Cardoso não queira deixar a exploração desses campos para empresas multinacionais. A pressão vai ser forte, claro, mas o país tem que mostrar sua soberania. Em termos de exploração de petróleo em alto mar, o Brasil não precisa, ao contrário, dá lições.
Engordando o Tesouro do Estado
Para Sergipe, a notícia é mais do que alvissareira. No momento em que os primeiros poços abertos em Carmopólis, produzindo petróleo desde 1962, dão sinais de exaustão, havia uma tendência de redução dos royalties recebidos pelo Estado. Essa ameaça não só cessa, como já se sabe que os royalties devem engordar o Tesouro do Estado. O campo descoberto agora, a 50 km ao sul de Aracaju, não está em águas internacionais, já que o Governo Federal, ainda na presidência do Ernesto Geisel, ampliou para 100 km essa fronteira imaginária. Toda a movimentação para a extração do petróleo e também do gás ali contido, vai ser feita através de Aracaju, tudo indica que já a partir da próxima semana. O melhor: o óleo encontrado é de primeiríssima qualidade. Uma beleza, portanto…
O retorno de setores
O Governador Albano Franco não escondia a sua alegria com a descoberta do novo campo petrolífero, com profundidade de 3.126 metros abaixo do nível do mar. É que essa descoberta vai trazer de volta para o escritório da Petrobrás, em Aracaju, importantes setores que, há três anos, foram deslocados para a Bahia. Entre eles, o setor de compras. O comércio sergipano voltará a ter uma injeção de milhões de reais ao mês, com a volta do almoxarifado para Aracaju ou, quando nada, a abertura de um setor de compras específico em Aracaju. O impacto disso tudo na economia sergipana ainda não foi calculado, mas já é certeza que ele será tão forte quanto o impacto causado com a chegada da Petrobrás a Sergipe.
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