Desocupação gera expectativa no Santa Maria

Ocupantes fazem barreira para impedir desocupação (Fotos: Portal Infonet)

É de expectativa e tensão o clima entre as famílias que invadiram uma área privada no bairro Santa Maria, em Aracaju, com a decisão judicial pela desocupação do terreno. O prazo concedido pelo Poder Judiciário para a desocupação vence nesta terça-feira, 29, e as famílias aguardam os policiais e oficiais de justiça para cumprimento da decisão com um aparato composto por pneus velhos e galhos de árvores que serão incendiados assim que a equipe se aproximar do local para fazer cumprir o mandado judicial.

O coordenador da Ocupação Nasce a Esperança, Jackson Batista, garante que as 400 famílias, que incluem adultos, crianças e idosos, estão dispostas a resistir. “É uma área abandonada há 30 anos e aqui há famílias que moram em casa de parentes, de aluguel, que moram na rua. Enfim, são pessoas que não têm condições nenhuma de pagar aluguel e nem são cadastrada pela prefeitura”, diz.

O advogado Flaviano Cardoso está acompanhando o processo e revelou que está empenhado de fazer levantamento sobre o processo de aquisição da área. “Estamos investigando tudo para ver se há irregularidade no processo de licitação para aquisição desta área”, disse. “A licitação tem que ser feita de forma pública e com espaço para que todos interessados possam apresentar propostas, mas foi um processo que aconteceu há 30 anos e não tinha tanta publicidade”, comentou.

Jackson: disposição para resistir

Valas são cavadas para impedir aproximação da polícia

As famílias continuam concentradas na área, abriram algumas valas ao longo da ocupação, onde estão sendo colocados pneus e galhos de árvores para dificultar o acesso dos policiais e dos oficiais de justiça designados para cumprir a determinação judicial. Segundo o coordenador, as famílias não possuem cadastro nos programas sociais da prefeitura de Aracaju e esta se tornou uma das reivindicações da Defensoria Pública, que atua na defesa dos interesses dos ocupantes.

A Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas) informou que a prefeitura desconhece a ocupação e que não foi notificada judicialmente para realizar o cadastro daquelas famílias.

Por Cássia Santana

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